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Mulheres denunciam assédio de cardiologista “Pegou na minha vagina”

Três mulheres denunciaram ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) o médico cardiologista e colunista do Globo Esportes, Nabil Ghorayeb, por assédio sexual. A empresária Adriana R. C., de 42 anos, e a administradora de empresas Bárbara Leite, de 40, contaram com exclusividade ao Metrópoles situações de constrangimentos que sofreram durante consultas com o médico, que atende em São Paulo.

Três mulheres denunciaram ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) o médico cardiologista e colunista do Globo Esportes, Nabil Ghorayeb, por assédio sexual. A empresária Adriana R. C., de 42 anos, e a administradora de empresas Bárbara Leite, de 40, contaram com exclusividade ao Metrópoles situações de constrangimentos que sofreram durante consultas com o médico, que atende em São Paulo.

No caso de Adriana, Ghorayeb teria chegado a colocar a mão em sua vagina, e feito com que ela apalpasse seu pênis, alegando que ela tinha cara de quem “gostava de chupar”, segundo relatos da vítima. O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo como importunação sexual.

Adriana marcou uma consulta com Ghorayeb em 11 de janeiro deste ano, após um infarto que sua mãe sofreu, e pagou R$ 850 pelo atendimento. No consultório, porém, foi surpreendida com comentários invasivos por parte do médico, que chegou a pedir para que ela retirasse a máscara facial, porque desta forma ele poderia “ver melhor a sua beleza”.

“Entrei na sala e a porta foi fechada, ele de um lado [da mesa] e eu do outro. A primeira coisa que ele falou: ‘Nossa, como você é bonita’. Eu agradeci, e ele questionou se eu praticava esportes, pois eu tenho um corpo bonito. Neste momento, eu me toquei que tinha que gravar. Ele pediu para eu tirar a máscara para ele me ver melhor, e tudo isso de porta fechada”, relata a empresária.

“Ele ficou me dando essas cantadas, então pedi para ligar para minha mãe, e, quando peguei meu celular ele veio até o meu lado. Eu liguei para a minha mãe, ele ficou menos de um minuto [ao telefone], e disse que ficaria tudo bem com ela. Quando desliguei o celular, ele começou a passar a mão na minha perna, então eu me levantei. Fui para trás, até onde tinha uma maca, e ele vindo para cima de mim. Em um momento, ele pegou a minha mão e colocou na calça dele, depois ele colocou a mão dele em cima da minha vagina”, prossegue.

A empresária afirma que gravou toda a situação em seu celular. Ela, porém, teria sido roubada três dias após a consulta, em 14 de janeiro, no Hospital Ipiranga, onde a mãe, Teresinha Pereira da Rocha, estava internada. Neste momento, ela apagou os dados do celular por medo de que alguém tivesse acesso à sua conta bancária, e, consequentemente, perdeu o vídeo.

Adriana tentou recuperar a filmagem contratando uma empresa particular, e entregou o aparelho de telefone, recuperado pouco depois do roubo, à polícia para que fosse enviado à perícia. Em boletim de ocorrência registrado no dia 28 de janeiro, na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, a empresária afirma que ficou com medo de tomar atitudes quanto ao caso por temer o que o médico faria com seus dados e os da sua mãe, divulgados por ela no momento da consulta.

“A vítima ficou pensando na genitora que poderia ter sua situação agravada pelo autor, na quantidade de informações que ele possuía dela e somente quando a genitora teve alta se encaminhou para esta Especializada para registrar o ocorrido”, diz um trecho do boletim, ao qual o Metrópoles teve acesso.

Fonte: Metropóles
Créditos: Polêmica Paraíba