luto

Morre o escritor e psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza aos 84 anos

Além da vida acadêmica, ele era o 'pai' do detetive Espinosa, personagem central de de suas histórias policiais. Segundo esposa, sepultamento será restrito aos familiares

Morreu nesta quinta-feira (16) o escritor e professor Luiz Alfredo Garcia-Roza, aos 84 anos. Ele era um dos principais escritores brasileiros de romances policiais.

A informação foi publicada em uma rede social pela esposa, Lívia Garcia-Roza, e confirmada pela assessoria do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul, onde o escritor estava internado. Segundo a esposa, a cerimônia de sepultamento vai ser restrita à família.

Garcia-Roza nasceu em 1936, no Rio de Janeiro. Formado em filosofia e psicologia, foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e publicou oito livros sobre psicanálise e filosofia. A principal especialidade do professor era o psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939).

Filho de uma família com 12 irmãos, ele nasceu no Rio, mas passou parte da infância e adolescência em Vitória, capital do Espírito Santo. Aos 18 anos, voltou ao Rio.

Detetive Espinosa

Além da vida acadêmica, dedicou-se também à ficção policial, quando já tinha passado dos 60 anos. O autor era o “pai” do detetive Espinosa, personagem central das histórias dele.

Os livros “Achados e Perdidos” e “Vento Sudoeste”, por exemplo, tinham o delegado como protagonista. Após 30 anos como professor e pesquisador no campo da psicanálise, o autor tinha cacife para explorar a mente de criminosos e policiais.

As tramas de Garcia-Roza também aconteciam no mesmo lugar, em Copacabana. A delegacia onde trabalha Espinosa era no bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. As obras do autor passavam ainda por temas como tráfico de drogas e violência.

O escritor ganhou os prêmios Nestlé de Literatura (1996) e Jabuti (1997) com sua obra de estreia “O silêncio da chuva”.

Fonte: G1
Créditos: G1