"crime contra humanidade"

Médicos emitem 'Carta Aberta" em discordância a nota publicada pelo Cremec e CFM a respeito da CPI da Pandemia - CONFIRA

Médicos e médicas cearenses emitiram, nesta sexta-feira (04), uma 'Carta Aberta' ao Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) e a diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), discordando da posição assumida pelas instituições, em nota publicada na última quarta-feira (02), a respeito da  CPI da Pandemia.

Médicos e médicas cearenses emitiram, nesta sexta-feira (04), uma ‘Carta Aberta’ ao Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) e a diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), discordando da posição assumida pelas instituições, em nota publicada na última quarta-feira (02), a respeito da  CPI da Pandemia.

Na Carta, os médicos chamam de crime contra a humanidade e afirmam que a manifestação do CFM, com a assinatura de conselhos estaduais, como o do Ceará, está em absoluto desacordo com a realidade do país, de quase 470 mil vítimas da Covid-19.

Confira texto da Carta:

Carta Aberta dos Médicos e Médicas Cearenses ao Cremec e ao CFM. Em defesa da Vida, da Ciência, do SUS, da vacinação, da seriedade contra a pandemia

Nós, médicos e médicas cearenses, incluindo integrantes do Coletivo Rebento/Médicos em Defesa da Vida, da Ciência e do SUS, da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD) e da Rede Nacional de Médicos Populares/Ceará, entre outros/as colegas, nos dirigimos à população para externar, em carta aberta, que discordamos veementemente da posição assumida pelo Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) e pela diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) em nota publicada na última quarta-feira, 2/6, a respeito da CPI da Pandemia.

Essa manifestação do CFM, com a assinatura de conselhos estaduais, como o do Ceará, está em absoluto desacordo com a realidade de nosso País, de quase 470 mil vítimas da Covid-19. Um crime contra a humanidade, flagrantemente confirmado pelo fato de o Brasil, com 2,7% da população mundial, responder sozinho por nada menos que 9,7% dos casos e por 12,6% das mortes pela doença, em todo o planeta. Realidade incontestável destacada em todas as sessões da CPI da Pandemia, no Senado, na forma da placa com a contagem de vítimas fatais da doença e do descaso, a reclamar resposta para uma pergunta fundamental: quem são os responsáveis por tantas mortes evitáveis?

Recebemos com indignação a nota publicada pelo CFM em repúdio à CPI. Na nota, a atual diretoria do CFM reclama de episódios de “ausência de civilidade e respeito no trato de senadores com relação a depoentes médicos” e pede “que os trabalhos sejam conduzidos com sobriedade para que o país tenha acesso às informações, dados e percepções que permitirão à CPI concluir seus trabalhos de modo efetivo”.

Causa-nos absoluta estranheza o fato de o CFM ser ágil e diligente em publicar nota sobre o tema, mas ser absolutamente lento, moroso, omisso quanto ao cerne da questão: por que e por ação de quem nosso País passa por uma situação tão extrema, que representará um trauma social a persistir por várias gerações?

Confira a íntegra da Carta Aberta:
https://bit.ly/3z3e5CA

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba