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Marcelo Crivella cancela verba para evento e umbandistas apelam para 'vaquinha virtual'

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), diminuiu o repasse para festas do calendário católico e da umbanda, como o evento do Barco de Iemanjá, que acontece no próximo sábado (16). A prefeitura alega dificuldades orçamentárias em decorrência de crise financeira. Crivella há havia anunciado a redução pela metade do apoio às escolas de samba no Carnaval da Marques de Sapucaí.

A Arquidiocese do Rio só recebeu R$ 450 mil, até dezembro, ante o R$ 1,32 milhão em 2016. Essa verba é destinada para realizar festas e eventos culturais do calendário católico.

No ano passado, último ano da gestão Eduardo Paes (PMDB), houve o pagamento integral da verba prevista. Já neste ano, do total previsto, que já era menor (R$ 840 mil), 53% foram pagos até este mês.

A assessoria de imprensa da Arquidiocese minimizou a redução, dizendo que isso não afetará as próximas datas católicas, como o Natal e o Dia de Reis. Ao Uol, a Arquidiocese não comentou de que maneira o corte nos repasses afetou os festejos neste ano.

Já a prefeitura carioca responsabilizou a crise. “A redução se deu pelas notórias dificuldades orçamentárias vividas pela Prefeitura em decorrência da crise e da determinação de se reduzir todos os custos já no início desta gestão. Em relação aos eventos que receberão verbas, essa é uma demanda que vem da própria Mitra e que é submetida à análise da Prefeitura. Portanto, não há previsão de pagamento nem de quais eventos serão apoiados”, disse, por meio de nota.

SEM OS RECURSOS, UMBANDISTAS APELAM PARA ‘VAQUINHA VIRTUAL’
Os ubandistas, por sua vez, não poderão contar com a verba de R$ 30 mil da prefeitura, uma vez que esta foi suspensa integralmente. O tradicional Barco de Iemanjá, que homenageia a orixá neste fim de semana em Copacabana, zona sul do Rio.

A assessoria de Crivella justificou dizendo que a renda seria convertida para educação e saúde –sem especificar, contudo, de que forma será empregada.

A solução encontrada pela Ceub (Congregação Espírita Umbandista do Brasil), entidade responsável pela organização da celebração do Barco de Iemanjá, foi apelar para uma vaquinha virtual para levantar fundos para a festividade. Apesar de a arrecadação estar abaixo da expectativa dos organizadores, o evento está confirmado.

Ao UOL, a Ceub afirmou que “falta diálogo” por parte da gestão municipal. “Nós temos vontade de conversar com o prefeito Marcelo Crivella. Seria legal que ele pelo menos considerasse um diálogo com o pessoal da umbanda. Protocolei um pedido de reunião com ele em 26 de janeiro. Até hoje não obtive resposta”, disse Jorge Mattoso, produtor executivo da congregação.

Procurada, a assessoria do gabinete do prefeito declarou que “a Coordenadoria de Respeito à Diversidade Religiosa, vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, mantém diálogo com todos os grupos e entidades representativas que atuam no município, inclusive a Congregação Umbandista do Brasil”.

E acrescentou que a Ceub se encontrou três vezes com a RioTur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), órgão responsável por gerir a verba da procissão umbandista, além de reiterar que o canal de contato está aberto.

Fonte: Portal T5
Créditos: Portal T5