Soberania e economia

Lula define dois motes para reagir ao tarifaço durante reunião com ministros

Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula definiu, em reunião com ministros na noite do último domingo (13/7), no Palácio da Alvorada, dois motes de atuação do governo em relação ao tarifaço imposto por Donald Trump.

Segundo auxiliares presidenciais ouvidos sob reserva, os dois motes serão: soberania e economia. No caso do primeiro mote, a ideia é deixar claro que a soberania brasileira “não se negocia”.

Na reunião, Lula ressaltou a seus ministros que não aceitará qualquer negociação com os Estados Unidos que envolvam a anistia ou julgamento de Jair Bolsonaro, como querem bolsonaristas.

No fim de semana, conforme antecipou a coluna, o governo também divulgou um vídeo em resposta ao tarifaço com o slogan “Brasil soberano”. “País soberano não baixa a cabeça para outros países”, diz o vídeo.

Mote econômico

No mote econômico, Lula discutiu com ministros a criação de um comitê executivo com empresários brasileiros dos setores afetados pelo tarifaço. O grupo será liderado pelo próprio presidente.

A ideia, de acordo com ministros, é de que Lula comece as conversas com o empresariado já a partir desta semana. Outros ministros do governo e o vice-presidente Geraldo Alckmin participarão do comitê.

Ainda na reunião, Lula discutiu com seus ministros a regulamentação da Lei da Reciprocidade, que deverá ser usada pelo governo brasileiro caso Trump confirme a promessa de impor o tarifaço ao Brasil.

Na semana passada, o atual chefe da Casa Branca anunciou que produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos pagariam taxa de importação de 50% a partir de 1º de agosto.

Quem participou da reunião

A reunião de Lula com ministros no Alvorada começou por volta das 18h e terminou depois das 22h. O encontro teve a presença do vice-presidente Geraldo Alkcmin e de outros quatro ministros.

Veja a lista dos participantes:

  • Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços;
  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
  • Carlos Fávaro, ministro da Agricultura;
  • Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais;
  • Sidônio Palmeira, ministro da Secom;
  • Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central;
  • Maria Laura, secretária-geral do ministério das Relações Exteriores;
  • Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil.

Metrópoles