PODEM RECORRER EM LIBERDADE

Justiça condena 7 ex-executivos do banco Panamericano por fraudes

Banco foi vendido em 2011 após seus diretores serem acusados de esconder um rombo bilionário da instituição financeira; executivos podem recorrer em liberdade

A Justiça de São Paulo condenou 7 ex-diretores do Banco Panamericano. Eles são acusados de gestão fraudulenta e crimes de “colarinho branco” entre 2007 e 2010. Todos os réus poderão recorrer em liberdade.

Entre os condenados estão o ex-diretor financeiro do Banco Panamericano, cuja pena foi fixada em 12 anos e 6 meses de reclusão; o ex-diretor superintendente (8 anos e 6 meses de reclusão); o ex-presidente do Conselho de Administração e o ex-diretor de crédito (6 anos e 6 meses de reclusão, cada um). Já o ex-diretor de controladoria recebeu a pena de 5 anos e 6 meses de reclusão; o ex-diretor jurídico e o chefe da contabilidade do banco foram condenados a 2 anos de reclusão, mas tiveram suas penas substituídas por prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária a entidades assistenciais. Todos os réus poderão recorrer da sentença em liberdade.

“Por meio da manipulação da contabilidade da instituição, os acusados conseguiram manter ocultos resultados negativos que evidenciavam a grave situação financeira existente. Os dados contábeis gerados artificialmente demonstravam que o banco apresentava lucros e dispunha de caixa suficiente para manter em funcionamento regular, quando, na realidade, vinham sendo acumulados prejuízos ao longo do tempo”, disse a Justiça Federal de São Paulo em comunicado à imprensa.

O banco Panamericano, criado pelo empresário Silvio Santos, foisocorrido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em novembro de 2010, para evitar uma liquidação pelo Banco Central. O banco escondeu um rombo bilionário e seus executivos foram acusados de fraude contábil. No ano seguinte, o Panamericano foi vendido para o banco BTG Pactual.

A sentença do juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal Criminal em São Paulo, julgou parcialmente procedente o pedido do Ministério Público Federal, mas absolveu 10 réus por falta de provas.

Fonte: G1
Créditos: G1