Nas últimas semanas, o resultado da balança comercial foi revisado duas vezes pelo governo. O resultado foi originalmente divulgado como deficitário em 1,099 bilhão de dólares em 25 de novembro. Mas no dia 28 foi revisado para um superávit de 2,717 bilhões de dólares. De acordo com o governo, o erro aconteceu no cálculo das exportações que, antes da revisão, estavam em 9,681 bilhões de dólares. Com a mudança, elas passaram a ser de 13,498 bilhões de dólares na parcial de novembro. As importações não foram alteradas. Na última segunda-feira, o governo voltou a corrigir dados da balança comercial. Com a nova retificação, as exportações aumentaram em 6,488 bilhões de dólares em setembro, outubro e em novembro (até o dia 24) em relação ao anteriormente anunciado. A justificativa foi uma falha no momento da transmissão de dados.
O vai e vem das informações sobre importação mexeu com a cotação do dólar. No dia 25, a moeda bateu a marca de 4,22 reais, cotação recorde, e continuou subindo durante a semana. No dia 28, após a revisão, a cotação da moeda caiu e chegou a operar em baixa de 4,19, mas fechou na casa dos 4,22 reais. Na segunda-feira, após novas revisões, a moeda americana fechou em 4,21 reais e abriu a semana em queda.
Revisões
Como esses novos números de exportação não estão compilados no resultado do PIB do 3º trimestre (meses de julho, agosto e setembro), é provável que o IBGE retifique o resultado, o que pode culminar inclusive em um resultado melhor do crescimento da economia entre os meses de julho a setembro, já que houve queda nas exportações nos dados do PIB. A preocupação apontada pela reportagem é que as revisões seguidas em dados oficiais levantam a suspeita se os dados oficiais divulgados são confiáveis ou não.