O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu à equipe econômica do governo a suspensão imediata da incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de risco sacado.
Com a solicitação, Motta quer que o governo recue antes do final do prazo dado à equipe econômica para apresentar alternativas ao aumento do tributo, que deve render cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos este ano.Motta tem se colocado como uma das principais vozes contrárias ao aumento de impostos. Segundo ele, a alta do IOF afeta diretamente a população e o setor produtivo, sem resolver os problemas estruturais das contas públicas.
“Essa instabilidade afugenta investimentos”, afirmou. O presidente da Câmara defende planejamento de médio e longo prazo, com responsabilidade fiscal, contenção de despesas e estímulo à eficiência no serviço público.
O que é o risco sacado?O risco sacado é um tipo de crédito no qual os bancos adiantam valores para varejistas que realizaram vendas a prazo. De acordo com o decreto governamental, o IOF agora será cobrado sobre essa antecipação. Essa medida impacta principalmente as pequenas empresas, que dependem desses recursos adiantados para manter seu capital de giro.
A cobrança pelo “risco sacado” entra em vigor a partir deste domingo (1/6) — o pedido de Motta é para evitar que as empresas tenham que arcar com impostos mais altos enquanto o impasse persistir.
Metrópoles