crimes sexuais

Ginecologista preso por crimes sexuais ficará em cela especial, diz Justiça

O médico ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, deverá ficar separado dos demais presos e em cela especial no sistema prisional. A determinação veio da Justiça de Anápolis, atendendo a pedido da defesa do profissional, que é acusado de violação sexual mediante fraude. Até agora, 44 mulheres já procuraram oficialmente a Polícia Civil de Goiás e foram ouvidas.

O médico ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, deverá ficar separado dos demais presos e em cela especial no sistema prisional. A determinação veio da Justiça de Anápolis, atendendo a pedido da defesa do profissional, que é acusado de violação sexual mediante fraude. Até agora, 44 mulheres já procuraram oficialmente a Polícia Civil de Goiás e foram ouvidas.

O ginecologista foi preso na última quinta-feira (30/9) pela Delegacia de Mulher de Anápolis. Ele é investigado por usar a profissão para abusar sexualmente de pacientes. Até agora, a polícia já identificou vítimas de Goiás, Distrito Federal, Pará e Paraná.

Isolamento

Na decisão de sexta (1º/10), logo após a audiência de custódia, o juiz Adriano Linhares, da 2ª Vara Criminal de Anápolis, manteve a prisão preventiva do investigado. Além disso, o magistrado atendeu pedido da defesa de Nicodemos, determinando que o médico seja mantido isolado dos demais presos em uma sala especial.

O processo segue em sigilo de Justiça por tratar de denúncias de crimes sexuais. O médico, que atua em Goiás, mas já trabalhou também no Distrito Federal, Pará e Paraná, está recolhido no Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz Ilc, em Anápolis.

Interdição

No fim da tarde de sexta, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, onde o médico também tem registro, decidiu interditar preventivamente o profissional. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o ginecologista ficará suspenso de exercer qualquer atividade até o julgamento definitivo, que pode ocorrer em até 6 meses e ser prorrogado por mais seis meses. Dependendo do andamento do inquérito, Nicodemos pode até ter o registro profissional cassado.

Já o Conselho Regional de Medicina de Goiás, estado onde o profissional estava atuando quando foi preso, informou que está acompanhando o caso. Conforme o órgão, ele irá “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.

Vítimas

Até a sexta, a delegada Isabella Joy, que está à frente do caso, e equipe já tinham ouvido 44 mulheres que acusam o médico de crimes sexuais. Mas o número pode ser bem maior, de acordo com a polícia. Ele aproveitaria da condição de médico para abusar das pacientes. Na lista, estariam desde adolescentes a mulheres adultas e até grávidas em pré-natal, já nos últimos momentos de gravidez.

Em um dos depoimentos, conforme a polícia, uma paciente contou que o médico chegou a oferecer uma cirurgia em troca de sexo.

Defesa

A defesa do médico disse que as situações às quais teve acesso até agora dos autos dizem respeito ao “simples exercício profissional”. “O médico em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, diz nota da defesa.

O advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins afirmou que várias pacientes de Nicodemos ligaram para familiares do médico, impressionados com a prisão. Eles teriam se prontificado a prestar depoimento em favor do ginecologista.

 

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba