Auxílio Gás

Gás do Povo: Entenda como vai funcionar o programa para famílias vulneráveis

Gás do Povo: Entenda como vai funcionar o programa para famílias vulneráveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quinta-feira (4), o programa Gás do Povo, que substituirá o Auxílio Gás e ampliará em três vezes o número de famílias contempladas. A iniciativa garante a retirada gratuita de botijões de gás em revendedoras credenciadas, no lugar do benefício em dinheiro.

Segundo o governo, serão atendidas 15,5 milhões de famílias, alcançando cerca de 50 milhões de pessoas. O novo modelo prevê a distribuição de 65 milhões de botijões por ano.

Durante o evento em Contagem (MG), Lula criticou o preço do produto no mercado.

“Um botijão de 13 kg sai da Petrobras a R$ 37 e chega ao consumidor a R$ 140, R$ 150. Uma pessoa não pode gastar 10% do salário mínimo para comprar gás. O Gás do Povo vai garantir que as famílias mais pobres recebam o botijão de graça, evitando acidentes com álcool, querosene ou lenha”, afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o gás de cozinha passa a ser tratado como item essencial.

“O programa combate a pobreza energética, garante alívio no orçamento das famílias e protege a saúde, principalmente de mulheres e crianças”, declarou.

Como funciona

  • Quem tem direito: famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo por pessoa. Beneficiários do Bolsa Família terão prioridade.
  • Quantidade de botijões por família: até 3 por ano (2 integrantes), até 4 (3 integrantes) e até 6 (4 ou mais integrantes).
  • Acesso: aplicativo próprio, cartão do Bolsa Família ou vale impresso em agências da Caixa e lotéricas.
  • Identificação: revendas credenciadas terão identidade visual padronizada.
  • Custeio: R$ 3,57 bilhões previstos no Orçamento de 2025 e quase R$ 5,1 bilhões para 2026.

Impacto social

De acordo com o IBGE, cerca de 12 milhões de domicílios ainda utilizam lenha combinada ao gás para cozinhar. Entre eles, aproximadamente 5 milhões são de baixa renda. O governo espera reduzir esse número e ampliar a segurança alimentar.

O Nordeste será a região mais contemplada, com 7,1 milhões de famílias beneficiadas. Em seguida, vêm Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil).