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Flávio Bolsonaro criticou relatório apresentado por chefe da Receita sobre pesquisas de seu nome

Filho do presidente havia solicitado datas e nomes de quem havia acessado seu perfil na instituição, mas achou documento “incompleto” por não conter as datas em que ele apresentou suas declarações de renda.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) criticou o relatório produzido pelo secretário da Receita, José Tostes Neto, sobre o histórico de pesquisas em seu nome. Filho do presidente havia solicitado datas e nomes de quem havia acessado seu perfil na instituição, mas achou documento “incompleto” por não conter as datas em que ele apresentou suas declarações de renda.

De acordo com Guilherme Amado, da revista Época, a cobrança a Tostes foi feita pessoalmente, no encontro que o senador teve com o secretário fora do prédio da Receita, acompanhado de sua defesa, em Brasília.

Na petição da Receita, a defesa do senador afirma que “o autor (Flávio), no entanto, tem razões para acreditar na utilização enviesada do privilégio de acesso aos sistemas de informação da Receita Federal, não apenas para pesquisas referentes a ele e à sua família, mas a um sem número de ‘alvos’”.

O relatório foi solicitado por advogadas de Flávio Bolsonaro no dia 26 de agosto, um dia depois da reunião fora da agenda com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Augusto Heleno e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
O encontro tinha como objetivo repassar uma informação obtida pela dupla de defensoras que poderia derrubar as investigações contra o filho do presidente em relação ao esquema de corrupção das rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Os agentes públicos despenderam cerca de uma hora do seu dia para escutar as teses que podem livrar Flávio da Justiça.

Heleno e Ramagen, segundo Amado, saíram da reunião com a missão de “conseguir um documento que comprovasse que Flávio foi vítima de uma devassa ilegal por integrantes da Inteligência da Receita”, apontando um possível uso da função pública para beneficiar um parente do presidente.

Fonte: Fórum
Créditos: Fórum