Entre líderes do G20, Bolsonaro é o único que não se vacinou contra a Covid-19

Entre os países que compõem o G20, ou seja, as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia, apenas o Brasil tem um líder que ainda não recebeu o imunizante contra a Covid-19. Além de Jair Bolsonaro, há também a China, único país que não divulga informações sobre assuntos ligados à saúde de seu líder, o presidente Xi Jinping. Isso torna Bolsonaro o único chefe de uma democracia do G20 a publicamente afirmar que não recebeu nenhuma dose do imunizante contra a doença que já matou mais de 535 mil pessoas no Brasil.

O chefe de Estado do Brasil tem 66 anos e já poderia ter sido vacinado em Brasília, onde reside, desde o mês de abril de 2021. Nos últimos meses, Bolsonaro deu declarações divergentes sobre sua intenção de receber doses de imunizantes contra a Covid-19. Já disse que não tomaria vacina e depois arrumou uma desculpa sobre a possibilidade, afirma que só receberia depois “que o último brasileiro for vacinado”.

O Brasil é um dos países que pior conduziu a pandemia. A CPI no Senado já apontou apostas em “imunidade de rebanho”, teoria da infecção e no “tratamento precoce”, comprovadamente ineficaz. Além disso, houve atraso e recusas a compra de vacinas. Veja abaixo a lista com os líderes do G20 que já foram vacinados contra a Covid-19. O levantamento foi feito pela CNN.

Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul

Vacinado em 17 de fevereiro deste ano, o presidente da África da Sul tem 68 anos e recebeu o imunizante de dose única da Janssen Farmacêutica.

Angela Merkel, chanceler da Alemanha

A chanceler da Alemanha tem 66 anos e recebeu a primeira dose da vacina no dia 15 de abril. O imunizante aplicado foi o da AstraZeneca. Em 22 de junho, Merkel recebeu a segunda dose, mas da vacina da Moderna. Na Alemanha, o Ministério da Saúde aprovou a prática de ‘misturar’ vacinas na primeira e na segunda aplicações.

Salman bin Abdulaziz Al Saud, rei da Arábia Saudita

No dia 8 de janeiro, o rei da Arábia Saudita recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer. O monarca tem 85 anos, e não houve notícia a respeito de uma eventual aplicação de segunda dose.

Alberto Fernández, presidente da Argentina

O presidente da Argentina recebeu a primeira dose da vacina Sputnik em 21 de janeiro deste ano. A segunda dose foi aplicada no dia 11 de fevereiro. Fernández tem 62 anos.

Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália

O primeiro-ministro da Austrália tem 53 anos e recebeu as duas doses da vacina da Pfizer. A primeira dose foi aplicada em 21 de fevereiro, enquanto a segunda aplicação ocorreu em 13 de março.

Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá

No Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau, de 49 anos, recebeu duas doses do imunizante da AstraZeneca. A primeira em 23 de abril, e a segunda no dia 2 de julho.

Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul 

A vacina da AstraZeneca também foi o imunizante aplicado no presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que recebeu a primeira dose no dia 22 de março e a segunda no dia 30 de abril de 2021. O chefe do estado sul-coreano tem 68 anos.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos 

Líder da maior economia do mundo, Joe Biden recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer no dia 21 de dezembro de 2020. A segunda dose foi aplicada em 11 de janeiro. Biden é um enfático defensor da imunização dos americanos. Ele tem 78 anos.

Emmanuel Macron, presidente da França

O presidente francês tem 43 anos e recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no dia 31 de maio, sem revelar qual a fabricante da vacina. A França enfrenta resistência de parte da população em relação aos imunizantes, e Macron instituiu vacinação obrigatória para determinadas classes profissionais. O presidente também vai obrigar os franceses a portar um “passaporte sanitário”, necessário para ter acesso a locais como cinemas, cafés e museus.

Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia

Aos 70 anos, Modi já recebeu as duas doses do imunizante Covaxin. A primeira aplicação ocorreu em 28 de fevereiro, e a segunda em 7 de abril.

Joko Widodo, presidente da Indonésia

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, tem 60 anos e foi a primeira pessoa de seu país a receber uma dose de imunizante contra a Covid-19, no caso, a vacina Coronavac, em 13 de janeiro deste ano. A segunda dose foi aplicada no mandatário no dia 27 de janeiro.

Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália

Aos 73 anos, o primeiro-ministro da Itália fez como a chanceler da Alemanha e recebeu primeiro uma dose da AstraZeneca, em 30 de março, e depois uma dose da vacina da Pfizer, em 23 de junho.

Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão

O primeiro-ministro do Japão tem 72 anos. Ele recebeu duas doses da vacina da Pfizer: a primeira no dia 20 de abril de 2021, e a segunda no dia 15 de junho. O Japão é um dos países desenvolvidos mais atrasados na vacinação contra a Covid-19.

Andrés Manuel Lopez Obrador, presidente do México

Conhecido pela sigla AMLO, Lopez Obrador recebeu duas doses da vacina da AstraZeneca, nos dias 20 de abril e 15 de junho. O chefe do Executivo do México tem 67 anos.

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido

Chefe de governo de um dos países com vacinação mais adiantada do mundo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também recebeu duas doses da vacina AstraZeneca. Aos 57 anos, recebeu a primeira dose no dia 19 de março e a segunda no dia 3 de junho.

Vladimir Putin, presidente da Rússia 

O chefe do governo russo tem 68 anos e foi vacinado com duas doses da vacina Sputnik, produzida em seu país. A primeira dose foi aplicada no dia 23 de março e a segunda no dia 14 de abril.

Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia

O presidente da Turquia foi outro líder a ser vacinado com a Coronavac. Erdogan tem 67 anos e recebeu a primeira dose no dia 14 de janeiro deste ano. A segunda aplicação ocorreu em 11 de fevereiro.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Aos 62 anos, a presidente da Comissão Europeia recebeu uma dose de vacina contra a Covid-19 no dia 15 de abril, sem dizer qual empresa produziu o imunizante. Na ocasião, ela comemorou a marca de 100 milhões de doses aplicadas na União Europeia.

Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba