60 DIAS A ESPERA DO MILAGRE

Emoção! José Maranhão abre os olhos e agradece cuidados da enfermeira: “É a primeira vez que um paciente sedado me diz obrigado“

O parlamentar de 87 anos é acompanhado pela esposa e pela filha, Alice Maranhão, no 1.109 apartamento do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo

A desembargadora Fátima Bezerra, esposa do senador José Maranhão (MDB), escreveu mais uma vez um relato emocionante sobre a luta que enfrenta o senador após ser acometido da covid-19.

Zé Maranhão, como é carinhosamente conhecido, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em tratamento contra as complicações da doença.

O parlamentar de 87 anos é acompanhado pela esposa e pela filha, Alice Maranhão, no 1.109 apartamento do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.

Entre noites e dias ao lado do ex-governador, Fátima encontra nas palavras uma forma de registrar recordações, sentimentos e momentos dramáticos ao lado do marido.

No início da tarde deste sábado, o padre Nilson Nunes publicou em sua conta do Instagram mais um relato da desembargadora. No texto, Fátima conta que o senador abriu os olhos e mesmo sedado agradeceu os cuidados da enfermeira.

“Ele havia observado tudo e sentido o carinho com o qual fora tratado. Seus lábios estava cerrados, ele os abriu e os fechou duas vezes, e uma das enfermeiras, balbuciou admirada: “imagina senador”.” escreveu.

“É a primeira vez que um paciente sedado (mesmo com pouca sedação) me diz “obrigado“.” disse a profissional .

Confira o relato na íntegra: 

60 DIAS A ESPERA DO MILAGRE:

Aconteceu e acontece todos os dias. Pessoas dizem que gostariam de dormir e só acordar quando esse ou aquele problema estiver resolvido.

Aprendi diferente em casa.

Temos que estar de olhos bem abertos para enfrentar as crises.

A primeira vez que vi uma vaca bem pertinho de mim, aos 16 anos, encantei-me com a doçura do animal: “Meu Amor, ela está sorrindo para mim”. Porque está lhe achando muito bonita, disse ele. E acreditei.

Depois, sem tirar o gracejo, explicou que vacas não riem, elas ruminam. Trituram, maturam para poder digerir.

Não são gulosas nem precipitados. Aguardam. E enquanto aguardamos as vicissitudes da vida, as coisas se encaixam. Tudo a seu tempo!

O campo ensina muita coisa. Inclusive, como agropecuarista, nunca suportou ver um animal morrer e jamais permitiu maus tratos com sua criação. Por isso, não aguenta participar de vaquejada.

Ontem a tardinha, com 100% de saturação e 13×7 de pressão, parecia que matutava. Lembrei- me da paciência do gado no pasto.

Depois do banho realizado com maestria profissional de enfermeira e técnica, exclamei satisfeita ao vê-lo sentado na cama: que meninas zelosas!

Ele havia observado tudo e sentido o carinho com o qual fora tratado. Seus lábios estava cerrados, ele os abriu e os fechou duas vezes, e uma das enfermeiras, balbuciou admirada: “imagina senador”.

E nos disse com a voz embargada de emoção. É a primeira vez que um paciente sedado (mesmo com pouca sedação) me diz “obrigado“.

Como não valorizar um homem testado pela vida e ensinado pela natureza? Não serei a bela adormecida dessa sua história de vida, Meu Amor. Estarei atenta e como Joana D’arc, lutando por aquilo que eu acredito: no nosso milagre! Na sua recuperação!

Voltaremos a caminhar de mãos dadas pelo campo e continuarei sendo a sua eterna aprendiz! Desembargadora FÁTIMA BEZERRA

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba