violência contra a mulher

Dono de lava jato é preso suspeito de filmar funcionárias no banheiro

Um homem de 53 anos, dono de um lava jato no bairro Buritis, em Belo Horizonte (MG), foi preso ontem, no Dia Internacional da Mulher, suspeito de instalar câmeras no banheiro feminino do local para filmar as funcionárias. Uma das câmeras foi encontrada ao lado do vaso sanitário pela perícia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Um homem de 53 anos, dono de um lava jato no bairro Buritis, em Belo Horizonte (MG), foi preso ontem, no Dia Internacional da Mulher, suspeito de instalar câmeras no banheiro feminino do local para filmar as funcionárias. Uma das câmeras foi encontrada ao lado do vaso sanitário pela perícia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

De acordo com o boletim de ocorrência, 12 mulheres prestaram depoimento na delegacia e relataram episódios em que já teriam sofrido assédio sexual, mas eram ameaçadas de demissão quando questionavam as atitudes do chefe. Porém, ontem, uma delas descobriu uma câmera no teto do banheiro ao ligar a lanterna do celular e junto com as outras testemunhas realizou a denúncia.

Ainda de acordo com a vítima que descobriu a câmera, ela já desconfiava que filmagens eram feitas no local, pois o proprietário havia dito que sabia quando as funcionárias estavam menstruadas, se estavam usando calcinha fio-dental e qual era a cor da peça íntima. Além disso, ele teria chamado as mulheres de “gostosa” em várias ocasiões.

Outra funcionária do local alega que o homem costumava fazer brincadeiras de cunho sexual e já teria, inclusive, feito um convite para que eles tivessem relações íntimas. Uma terceira vítima, por sua vez, afirma que o proprietário do lava a jato teria oferecido R$ 2 mil para que ela e a esposa ficassem com ele, o que foi negado.

A perícia da Polícia Civil esteve no local e encontrou três câmeras: além das que estavam no teto e ao lado do vaso sanitário, outra estava posicionada atrás da porta de entrada do banheiro.

O suspeito afirma que o local utilizado pelas vítimas era, inicialmente, para ser o almoxarifado. Ele ainda alega que não tem acesso às imagens, pois não conseguiu pagar pelo serviço.

O caso foi encaminhado para a Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher, que vai investigar as denúncias.

 

Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba