véio da havan

Dono da Havan entra na lista da Forbes como um dos maiores bilionários do planeta

O empresário fez campanha irregular, em 2018, a favor de Bolsonaro, o que lhe rendeu uma condenação no TSE

Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, conhecido como o “Véio da Havan”, acaba de entrar para a lista de bilionários brasileiros elaborada pela revista “Forbes”. A lista, divulgada nesta quarta-feira (25), aponta Hang com uma fortuna estimada em R$ 8,26 bilhões, na 36ª posição.

Neste ano, ele apareceu pela primeira vez também no ranking mundial da revista, em março, na 1.057ª posição.

Dívidas

Em 1999, uma ação de busca e apreensão, determinada pela Procuradoria da República em Blumenau, resultou na autuação da Havan em R$ 117 milhões pela Receita Federal e em R$ 10 milhões pelo INSS.

Mesmo sendo a maior autuação da Receita na ocasião, a empresa fez um Refis (programa de refinanciamento de dívida) para pagar a dívida em suaves prestações.

A Procuradoria protestou e, em 2004, fez um cálculo que mostrava que caso fosse mantido o refinanciamento, o débito de R$ 168 milhões só seria quitado após 115 anos.

Campanha eleitoral irregular

O empresário fez campanha, em 2018, a favor do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), o que lhe rendeu uma condenação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de apenas R$ 2 mil por propaganda eleitoral irregular.

O empresário gravou um vídeo durante o período eleitoral em apoio ao então candidato dentro de uma loja da Havan e divulgou no Facebook. O local é considerado “bem de uso comum”, onde, segundo a decisão, é proibida a realização de propaganda eleitoral.

Hang também é acusado de ter estabelecido contratos de até R$ 12 milhões para efetuar milhões de disparos no WhatsApp contra Fernando Haddad, segundo reportagem da Folha.

A Havan

A rede comandada por Hang tem quase 130 lojas físicas em 17 estados com 16 mil funcionários. O faturamento foi de R$ 7 bilhões em 2018 e a companhia estimou um crescimento de 62% no primeiro semestre deste ano, segundo a “Forbes”.

Fonte: Revista Fórum
Créditos: Redação Revista Fórum