Rompimento?

Disputa entre Aziz e Braga no Amazonas ameaça unidade do G-7 na CPI da Pandemia

Questões regionais ligadas aos rumos da investigação no Amazonas podem acarretar em rompimento de Eduardo Braga

Até aqui, em pouco mais de dois meses de andamento da CPI da Pandemia no Senado, a união entre os membros não governistas tem andado em passos sincronizados. São 7 senadores que definem os rumos da Comissão e trabalham para que as omissões e corrupções não sejam escondidas. No entanto, a unidade do chamado G7 está sendo ameaçada. O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), se afastou levemente do grupo devido a divergências na forma de condução quanto a crise de oxigênio em Manaus.

Braga diverge do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre até que ponto é preciso avançar sobre as responsabilidades do governador de Amazonas, Wilson Lima (PSC). Braga é adversário declarado de Lima, enquanto Omar é mais próximo dele. Outro motivo apontado foi o depoimento na terça-feira (29) do deputado estadual Fausto Júnior, do MDB do Amazonas, que foi levado ao partido por Braga. Na CPI, Fausto atacou Omar Aziz.

O Palácio do Planalto, inclusive, está de olho nesse movimento. Segundo a CNN, interlocutores do presidente Jair Bolsonaro identificaram que Braga não participou do mais polêmico depoimento até agora na CPI, o dos irmãos Miranda, ocorrido na última sexta-feira. O governo considera uma vitória se Braga deixar o grupo e votar, ao menos em algumas situações, com o grupo governista, hoje formado por 4 senadores.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), tenta acalmar os ânimos e trazer Braga de volta a unidade do G7. Procurado, Eduardo Braga negou que tenha saído do grupo: “Estou onde sempre estive, do lado da defesa da Vida e da Constituição”. Omar Aziz não comentou.

Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba