Afastamento do cargo

Diretor do presídio de Mossoró durante fuga é demitido

Diretor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), Humberto Gleydson Fontinele Alencar acabou dispensado do cargo definitivamente.

Foto: reprodução
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Diretor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) durante a fuga de dois detentos, em fevereiro, Humberto Gleydson Fontinele Alencar acabou dispensado do cargo definitivamente pelo Ministério da Justiça. A portaria foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (5/4).

A demissão ocorre após a recaptura de dois criminosos que fugiram do presídio de segurança máxima. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram encontrados pela polícia no Pará, na quinta-feira (4/4).

Ele estava afastado do cargo desde o dia 14 de fevereiro, quando os dois homens escaparam da penitenciária e, segundo a portaria, a dispensa definitiva começará a ser contada desde o dia do afastamento do diretor do cargo.

Mais de 50 dias foragidos

Os dois homens ficaram foragidos por 51 dias. De acordo com levantamento feito pela GloboNews, somente na esfera federal, a operação para recapturar os detentos custou R$ 2,1 milhões aos cofres públicos.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que Rogério e Deibson permanecerão presos em celas separadas do presídio de Mossoró e serão monitorados constantemente. Ainda segundo o ministro, a segurança da penitenciária foi reforçada.

Recapturados

Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33, foram presos a 1,6 mil quilômetros de distância do presídio de onde escaparam, em 14 de fevereiro. Eles foram recapturados em uma ação conjunta das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta quinta-feira (4/4), em Marabá, no Pará.

Na terça (2/4), a Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), informou que concluiu relatório sobre a fuga. O documento aponta que houve falhas na segurança.

O procedimento, que avalia a responsabilidade de servidores da penitenciária no caso, no entanto, concluiu que não há indícios de corrupção.

Em razão das falhas apontadas pela corregedora-geral, Marlene Rosa, foram instaurados três processos administrativos disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores.

Fuga na madrugada, quando Humberto era diretor

Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho” ou “Tatu”, e Rogério da Silva Mendonça escaparam da prisão de segurança máxima por volta das 3h30 de 14 de fevereiro. Os criminosos, que são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), fugiram por um buraco na parede das celas.

Para a fuga, que é considerada a primeira desde a inauguração desse tipo de prisão no Brasil, os detentos utilizaram ferramentas da obra que ocorria na unidade prisional. As câmeras do local não capturaram o momento em que eles escaparam porque não estavam funcionando.

Metrópoles