Tecnicamente empatados

Datafolha: Lula e Bolsonaro lideram índice de rejeição; Tarcísio tem 15%

Foto: reprodução
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O presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão tecnicamente empatados como líderes em rejeição entre os presidenciáveis citados em pesquisa Datafolha, realizada na terça (10) e quarta-feira (11).

Lula aparece numericamente à frente de todos os outros candidatos, com 46% dos entrevistados dizendo que não votariam de jeito nenhum no político no primeiro turno das eleições para presidente em 2026. Por sua vez, Jair Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030 e réu no STF (Supremo Tribunal Federal) pela acusação de liderar uma trama golpista no final de 2022, aparece com 43% de rejeição.

A diferença entre os dois, portanto, está dentro da margem de erro para o total da amostra, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O Datafolha entrevistou 2.004 eleitores em 136 cidades.

Todos os familiares de Jair Bolsonaro citados no levantamento apresentam índices de rejeição acima de 30%: 32% dizem não votar de jeito nenhum no deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), 31% rejeitam Flávio, atual senador pelo PL do Rio de Janeiro, e 30%, Michelle, ex-primeira-dama.

Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, aparece com 29% de rejeição, seguido pelos governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 19%, de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 18%, de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 15%, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%.

O presidente Lula apresenta rejeição maior que Jair Bolsonaro entre os homens, com 49% de rejeição contra 39% do político do PL. Entre as mulheres, importante segmento para o petista, a rejeição do presidente é de 44%, frente a 46% de Bolsonaro. A margem de erro máxima por gênero é de 3 pontos percentuais.

Por idade, a rejeição de Lula é numericamente menor entre os mais jovens, mas no mesmo patamar da de Bolsonaro. Entre eleitores desse grupo, de 16 a 24 anos, o petista tem rejeição de 41%, contra 40% de Bolsonaro.

A maior distância entre os políticos, com maior vantagem para Bolsonaro, aparece entre as faixas etárias de 25 a 34 e 35 a 44 anos. No primeiro caso, não votariam em Lula de jeito nenhum 49% dos entrevistados. O valor para Bolsonaro cai para 38%.

No grupo seguinte, de 35 a 44 anos, a rejeição de Lula é de 50%, frente a 42% de Bolsonaro.

A diferença cai nas faixas etárias seguintes, com rejeição respectivamente de 46% e 45% para Lula e Bolsonaro entre aqueles com 45 a 59 anos e 44% e 47% para os com mais de 60. A margem de erro por idade é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.

Em relação à escolaridade, a rejeição do presidente é menor entre quem tem o ensino fundamental (32%). No caso de Bolsonaro, o valor é de 48%. Metade (50%) dos que têm ensino médio não votariam de jeito nenhum em Lula. 39% fariam o mesmo com Bolsonaro. No ensino superior, Lula tem rejeição de 52%, frente a 43% de Bolsonaro.

A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos entre os entrevistados do ensino fundamental e superior e de três pontos para aqueles do ensino médio.

Por renda familiar, a atuação de Lula é melhor entre os mais pobres, com a menor rejeição entre quem ganha até dois salários mínimos (39%). Nesse grupo, a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Por região, Lula só tem menor rejeição se comparado a Bolsonaro no Nordeste, com 31% frente a 53%. A rejeição do petista é de 50% ou mais no resto do país: 51% no Sudeste, 54% no Sul e 50% no Centro-Oeste/Norte.

Bolsonaro tem 43% de rejeição no Sudeste, 29% no Sul e 37% no Centro-Oeste/Norte.

A margem de erro por região do país é de 3 pontos percentuais para o Sudeste, 6 para o Sul e Centro-Oeste/Norte e 4 para o Nordeste.

No espectro religioso, 61% dos evangélicos rejeitam Lula. O valor cai para 41% entre católicos. No caso de Bolsonaro, os valores são, respectivamente, 25% e 47%.

A margem de erro para esses segmentos é de 3 pontos percentuais para católicos e 4 para evangélicos.