Repercussão

Coca-Cola emite opinião sobre caso Carrefour: "não há lugar para o racismo"

O presidente da Coca-Cola na América Latina, Henrique Braun, comentou o caso Carrefour sua em rede social nesta segunda-feira (23). Na mensagem, Braun afirma que a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro, espancado e morto na noite de quinta-feira (19) por dois seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, chocou a todos e que “não há lugar para o racismo no mundo”.

O executivo reforçou que a Coca-cola e outras gigantes do segmento de consumo, todas fornecedoras da rede de supermercados Carrefour, assinaram um compromisso público em defesa da igualdade racial

“Não podemos permitir que mais casos como esse voltem a acontecer. Mas o que fazer? Essa pergunta motivou a reunião de 11 empresas de bens de consumo. Criamos uma coalizão e vamos estabelecer um plano de ação concreto, elaborado junto a entidades com conhecimento legítimo da causa”, afirmou.

Em carta conjunta, as empresas, que juntas afirmam empregar 235 mil colaboradores, se comprometem a criar um plano de ação em parceria com organizações e especialistas para combater o racismo.

Embora falem em fortalecimento do compromisso com “ações concretas para combater o racismo estrutural”, as empresas não apresentam um prazo para a implantação de uma agenda ou alguma medida efetiva em relação ao Carrefour.

João Alberto Silveira Freitas, 40, foi espancado e morto na noite de quinta-feira (19) por dois seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre na véspera do Dia da Consciência Negra.

Na semana passada, o Carrefour Brasil divulgou nas redes sociais a realização da Semana da Diversidade Racial. Na quinta-feira (19), data da morte de Freitas, a empresa realizou um webinar sobre diversidade e equidade no ambiente de trabalho com representantes da diretoria de compliance do Carrefour Brasil e da Revista Raça.

No sábado (21), a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, que reúne 73 organizações signatárias, informou que desligou o Carrefour da lista de empresas parceiras.

Até a tarde de domingo (22), a Coalizão Negra por Direitos reuniu 14,3 mil assinaturas em apoio a um boicote contra o Carrefour após o assassinato ocorrido na última quinta (19).

Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Notícias ao Minuto