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Cirurgião plástico é preso suspeito de abusar sexualmente de quase 100 pacientes

Klaus Brodbeck foi preso na noite de sexta-feira (16), em Gramado, na Serra Gaúcha. O médico é suspeito de abusar das pacientes há pelo menos 20 anos, durante as consultas.

No Rio Grande do Sul, a polícia prendeu um cirurgião plástico suspeito de abusar sexualmente de quase 100 pacientes.

Klaus Brodbeck foi preso na noite de sexta-feira (16), em Gramado, na Serra Gaúcha. O médico é suspeito de abusar das pacientes há pelo menos 20 anos, durante as consultas.

“Uns olhares constrangedores. Isso de ficar nua sendo que era só para o peito. O jeito que ele passava a mão no meu corpo”, conta uma paciente.

O médico deve ser indiciado por crimes de assédio, importunação sexual e até estupro de vulnerável. Alguns abusos teriam acontecido com as pacientes dopadas para os procedimentos estéticos.

Nós temos inclusive uma vítima que foi encaminhada para exame de verificação sexual que testou positivo para presença de sêmen. Então nós temos aí algumas provas bem contundentes nesse sentido”, diz a delegada Jeiselaure Rocha de Souza

Desde que a investigação veio à tona, há uma semana, o número de vítimas aumentou de 12 para 95. Além do Rio Grande do Sul, surgiram pacientes no Rio de Janeiro, e, São Paulo e Minas Gerais. Todas essas mulheres deram à polícia relatos muito semelhantes sobre a conduta inadequada do médico.

“Pediu para eu fazer biquinho com os lábios e botou o dedo na minha boca e pediu para eu chupar o dedo dele. Isso eu não poderia falar para ninguém, que alguns procedimentos ele faria no apartamento dele”, afirma uma paciente.

A polícia também abriu inquérito para investigar a namorada do médico. Depois que as denúncias se multiplicaram, ela publicou vídeos nas redes sociais ameaçando as vítimas.

A defesa do cirurgião nega as acusações. O Conselho Regional de Medicina abriu uma sindicância e deve ouvir testemunhas.

“Temos total interesse em investigar pela gravidade das acusações e, eventualmente, se comprovadas, eventual cassação do registro profissional desse colega”, diz o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.

“Fica um alerta maior para as mulheres ficarem mais atentas, porque um médico não pode ter esse tipo de conduta com a paciente”, diz uma paciente.

Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba