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Cássio Cunha Lima sugere demissão de presidente da Petrobras

O impasse diante da greve de caminhoneiros no país ampliou cobranças pela mudança na política de preços da Petrobras e despertou pressões pela demissão do presidente da estatal, Pedro Parente.

O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse que os reajustes diários dos combustíveis praticados pela companhia são “insuportáveis” e afirmou que a empresa precisa mudar de posição.

“É uma irresponsabilidade da Petrobras. Se Pedro Parente insistir nessa política de preços, que seja demitido. Não se pode colocar interesses da Petrobras acima dos interesses do Brasil”, declarou o senador.

Parente tem bom trânsito entre tucanos e costuma ser citado por dirigentes do PSDB como modelo de gestor. Ele foi ministro da Casa Civil no governo Fernando Henrique Cardoso, de 1999 a 2002, e assumiu interinamente o Ministério de Minas e Energia durante o apagão elétrico de 2001.

Cunha Lima disse que a cúpula da Petrobras adota um comportamento arrogante ao se recusar a rever sua política de preços. “O presidente da empresa parece mais importante do que o presidente da República. Daqui a pouco, é ele quem vai nomear o presidente da República, e não o contrário”, ironizou.

O vice-presidente do Senado afirmou que os projetos que reduzem a carga tributária sobre combustíveis (PIS, Cofins e ICMS) só devem ser discutidos na Casa a partir da semana que vem. “Isso se houver combustível para os aviões, para trazer os senadores a Brasília.”

O tucano classificou a greve dos caminhoneiros como um “problema de segurança nacional” e disse que medidas urgentes são necessárias para contornar a crise.

Para Cunha Lima, a primeira delas é a flexibilização da política de preços da Petrobras -que atualmente segue as variações do mercado internacional.

“Ninguém defende a artificialização dos preços, mas o Brasil não suporta reajustes diários. Os contratos de frete precisam de alguma previsibilidade”, afirmou.

O senador do PSDB criticou o governo Michel Temer e disse que a greve reflete uma “insatisfação generalizada, que está parando o Brasil”. “É uma situação de desgoverno. Eles não estão dimensionando o tamanho da crise”, completou.

 

Fonte: noticias ao minuto
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