foragido

Caseiro relata pedalar 16 quilômetros para não dormir em fazenda com medo de que Lázaro apareça

Um caseiro de uma fazenda localizada em Cocalzinho de Goiás, uma das regiões onde o serial killer Lázaro Barbosa está sendo procurado, disse que está pedalando 16 quilômetros diariamente para não dormir na propriedade que trabalha, com receio de que o foragido apareça. As informações são do G1 com base na TV Anhanguera.

Um caseiro de uma fazenda localizada em Cocalzinho de Goiás, uma das regiões onde o serial killer Lázaro Barbosa está sendo procurado, disse que está pedalando 16 quilômetros diariamente para não dormir na propriedade que trabalha, com receio de que o foragido apareça. As informações são do G1 com base na TV Anhanguera.

O suspeito é tido como o autor da Chacina em Ceilândia, que vitimou quatro pessoas da mesma família, e de diversos outros ataques. As buscas por Lázaro Barbosa, realizadas por 270 agentes da Segurança Pública no entorno do Distrito Federal, chegaram ao 16º dia nesta quinta-feira (24).

Ele contou à reportagem que dormia na propriedade rural, mas que desde o último sábado (19) passou a pedalar oito quilômetros para ir até à casa de familiares, localizada no distrito de Girassol, para conseguir descansar.

“Trabalho na chácara e estou tendo que ir dormir em Girassol. Todos os dias, pela manhã e à tarde, eu estou fazendo esse trajeto”, afirmou, acrescentando serem 16 quilômetros por dia, contando a ida e a volta.

O homem tem 45 anos e mora na cidade desde que nasceu. Ele falou não conhecer Lázaro Barbosa e que está tentando tomar todos os cuidados devidos. “A gente tem que se precaver, mas é uma situação que já passou dos limites”, desabafou.

VIAS CERCADAS

No entorno do Distrito Federal, 270 agentes da Segurança Pública usam cães farejadores, drones e helicópteros nas buscas pelo foragido.

Na sexta-feira (18), a Polícia Rodoviária Federal colocou barreiras nas estradas de terra e rodovias das regiões de Cocalzinho de Goiás e Águas Lindas de Goiás, e cercaram o suspeito.

Os servidores públicos que fazem parte da força-tarefa estão abordando veículos que passam pela BR-070, seja durante o dia ou madrugada.

Também na sexta-feira (18), um morador contou que o homem apontado como autor da Chacina em Ceilândia invadiu uma fazenda para roubar queijo, carregador de celular e dinheiro.

VISTO EM UM CHIQUEIRO DE CHÁCARA

Ainda na sexta-feira (18), Lázaro Barbosa foi visto em um chiqueiro de uma chácara, mas fugiu para a área de vegetação novamente, segundo a PRF.

Também conforme a instituição, agentes que estavam em um helicóptero o identificaram no local. A movimentação intensa de viaturas da corporação iniciou depois das 15h.

PEDIDO DE CELA SEPARADA

Na segunda-feira (21), a Defensoria Pública do Distrito Federal pediu à Vara de Execuções Penais que, quando Lázaro Barbosa for preso, fique em uma cela separada dos demais internos. No entanto, a Justiça do DF negou a solicitação do órgão no mesmo dia.

A juíza Leila Cury classificou que, agora, o requerimento do órgão é “inoportuno”, pois depende “da concretização de fatos futuros e incertos”.

Conforme a magistrada, caso Lázaro seja capturado, ainda não se sabe se ele será transferido ao Distrito Federal, já que as buscas por ele estão concentradas em Goiás. Com a negativa da Justiça, a Defensoria Pública recorreu da decisão.

FAMÍLIA FEITA REFÉM

No dia 15 de junho, uma família foi feita refém pelo suspeito, em Edilândia, Goiás. Uma adolescente, que tem 16 anos, foi encontrada por ele embaixo da cama, enquanto ligava para a Polícia Militar.

Dois dias depois, os parentes publicaram um vídeo nas redes sociais agradecendo a quem rezou pela vida deles e informaram que “estão bem”.

FUGA DA CADEIA

Antes de cometer os delitos neste ano, Lázaro Barbosa já havia fugido de presídios várias vezes. A primeira foi em março de 2016, quando ele escapou do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em um “saidão” de Páscoa.

O então presidiário ganhou o benefício depois que ele, que cumpria pena em regime fechado, conseguiu progressão para o semiaberto.

 

Fonte: Diário do Nordeste
Créditos: Polêmica Paraíba