Após novo ataque

Butantan rebate Bolsonaro, defende Coronavac e nega fraude em contrato

Após novo ataque do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, rebateu as insinuações de irregularidade no contrato para fornecimento da vacina Coronavac contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Nos últimos dois dias, o presidente tem levantado suspeitas de irregularidades. Bolsonaro disse ter determinado a abertura de investigações no Tribunal de Contas da União (TCU), na Controladoria Geral da União (CGU), além de ter pedido esclarecimento ao Ministério da Saúde.

Em nota enviada ao Metrópoles nesta sexta-feira (23/7), o Butantan descartou qualquer tipo de irregularidade, defendeu a qualidade da vacina e falou em diálogo e democracia (veja a íntegra da nota no fim da reportagem).

“É de conhecimento do Butantan que no início do mês de julho o consórcio Covax Facility ofertou vacinas ao Ministério da Saúde. A quantidade, de apenas 500 mil doses, faz parte de um lote de 20 milhões de vacinas, a preço de custo”, explica o instituto.

Covax Facility é um consórcio entre países coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para disponibilizar vacinas a nações pobres.

Para negar as acusações do presidente, o instituto paulista divulgou detalhes da negociação com o governo federal.

“A negociação entre o Butantan e o Ministério da Saúde passou por todas as etapas legais, incluindo a apresentação da planilha de custos da vacina para as equipes técnicas do governo federal, em reunião no mês de outubro de 2020. O valor final das vacinas ofertadas pelo Butantan inclui todas as despesas ordinárias diretas e indiretas, incluindo o preço pago à SinoVac, os custos de importação (taxa de administração, frete, seguro do produto, tributos e impostos), os custos de produção (envase, recravação, rotulagem e embalagem), custos dos testes de qualidade, administrativos e regulatórios, armazenagem e transporte. O Butantan, portanto, se responsabiliza por todas as etapas que se referem à vacina, e entrega o produto pronto no armazém do Ministério da Saúde”, frisa o texto.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba