"jeito de ser"

Bruno Covas diz que fez selfie com Bolsonaro por educação

Bruno Covas diz que fez selfie com Bolsonaro por educação

Líder na corrida pela prefeitura de São Paulo, o candidato Bruno Covas (PSDB) disse, em entrevista à Folha, que apareceu em uma selfie com o presidente Jair Bolsonaro por educação.

“Uma coisa é ser educado. Uma coisa é você, como prefeito da cidade, cumprimentar o presidente, o que não tem nenhuma relação com concordar com o que ele faz ou fala. Corresponde ao meu jeito de ser”, diz Covas

A selfie em que aparece ao lado do presidente tem sido usada por apoiadores do rival de Bruno Covas no segundo turno das eleições, Guilherme Boulos (PSOL), para demonstrar a proximidade do atual prefeito com o presidente, apesar dele querer se distanciar politicamente de Bolsonaro

 

Durante a entrevista, questionado sobre se a foto não indicaria uma imagem contraditória de Covas para o eleitor, o prefeito disse que “acho importante, independentemente da coloração partidária, que haja busca de diálogo entre a prefeitura com o governo federal, estadual”.

O mesmo questionamento foi levantado a respeito do apoio que Covas pediu para o candidato derrotado no primeiro turno Celso Russomanno (Republicanos) nesta quarta-feira (18).

“Olha, se a gente tivesse mais convergência que divergência, teríamos uma mesma candidatura no primeiro turno. O fato dele ter sido candidato e eu também mostra que temos divergências ideológicas. Mas o segundo turno é outra eleição, e eles se identificaram mais com a nossa candidatura”, afirma o tucano.

Quando questionado sobre a pouca participação do companheiro de partido João Doria em sua campanha, se seria devido à popularidade baixa do governador na capital paulista, Bruno respondeu que “não tem sentido o governador parar de ser governador para ir à rua. O prefeito e o candidato sou eu. Isso não quer dizer que não tenha relação política com o governador”.

Sobre seu adversário no segundo turno, Bruno Covas evitou chamar Guilherme Boulos de radical, apesar de ter dito em seu discurso após o primeiro turno que “a esperança vai vencer os radicais”.

“Eu não falei que ele é um radical. Eu falei que São Paulo vai vencer os radicais. Quem vai tachar o Boulos de radical ou não é a população”, diz Covas, que atribui o crescimento de Boulos a um “envelhecimento das lideranças do PT, a dificuldade que eles têm para se renovar na cidade. O PSOL ocupou. Isso mostra também que é a mesma raiz, a mesma linha, a mesma matriz ideológica. Eles têm uma atuação conjunta”, afirma o prefeito.

Bruno Covas também saiu em defesa de seu vice, Ricardo Nunes (MDB), que estaria ligado a empresas conveniadas de creches. “Não há nenhum indício de favorecimento ou de formação de maioria na Câmara Municipal distribuindo contratos com a prefeitura. São contratos antigos, da gestão do PT, não tenho razão para duvidar dele. É natural que ele conheça todo mundo, o fato de ele conhecer não significa que foi beneficiado”, diz.

Fonte: terra
Créditos: Polêmica Paraíba