Cerca de 50 brasileiros, entre eles autoridades políticas como o governador de Rondônia e os prefeitos de Belo Horizonte e João Pessoa, estão retidos em Israel após o fechamento do espaço aéreo do país e do Aeroporto Internacional Ben-Gurion. As delegações participavam de uma visita oficial a convite do governo israelense quando a situação de segurança na região se agravou.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), ainda não há previsão oficial para a reabertura do aeroporto. No entanto, veículos de imprensa locais indicam que o governo israelense avalia manter o bloqueio aéreo por pelo menos dois ou três dias, como medida de precaução diante da escalada de tensões no Oriente Médio.
Com o espaço aéreo israelense fechado, rotas alternativas para deixar o país também apresentam dificuldades. Os postos de fronteira com a Jordânia e com o Egito estão, por ora, abertos, mas sujeitos a mudanças. A Jordânia, no entanto, também fechou seu espaço aéreo, o que inviabiliza o retorno imediato ao Brasil por esse caminho. Já a travessia pela península do Sinai, rumo ao Egito, envolve riscos de segurança e exigiria negociação com o governo egípcio para autorizar a entrada dos brasileiros.
O MRE recomenda que os cidadãos brasileiros evitem deslocamentos e permaneçam próximos a locais com abrigos de segurança, seguindo rigorosamente as orientações das autoridades locais. O ministério afirma ainda que está em contato constante com a Embaixada do Brasil em Tel Aviv e que seguirá monitorando a situação para garantir a proteção dos brasileiros em território israelense.
Prefeito de João Pessoa abrigado em bunker
O grupo de 25 autoridades municipais brasileiras, entre eles, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, precisou se abrigar em bunker em Israel na madrugada de sexta-feira (13), após sirenes de emergência acionadas durante ataques entre Israel e Irã, seguindo protocolos de segurança durante missão oficial.
Os gestores se pronunciaram em vídeos afirmando que estão recebendo assistência do governo israelense e da embaixada brasileira, mas manifestaram preocupação com a situação.