Após críticas do PSDB, presidente do Supremo critica auditoria nas eleições: urnas "invulneráveis"

Para Lewandowski, o TSE agiu de maneira correta

01_ricardo-lewandowski

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, criticou na tarde desta quinta-feira (6/10) a auditoria nas urnas pedida pelo PSDB à Justiça Eleitoral. Anteontem, o Tribunal Superior Eleitoral negou formar uma comissão de auditoria nas eleições, mas permitiu aos tucanos obter dados das máquinas para, se quiserem, fazer uma fiscalização à parte. Para Lewandowski, o TSE agiu de maneira correta e as urnas são “absolutamente invulneráveis”.

Ele criticou a oposição por questionar a segurança do equipamento. “Neste mesmo segundo turno foram eleitos vários governadores também, e muitos governadores da oposição”, disse ele, que já presidiu o TSE. “Vai impugnar como? Todas as urnas? Algumas urnas? É a mesma urna”.

Lewandowski lembrou que são quase 500 mil urnas existentes. O TSE decidiu que o PSDB vai escolher aleatoriamente uma amostragem de equipamentos para serem verificados em cada estado.

Lava-jato
O presidente do STF disse que o relator da Operação Lava-jato, Teori Zavascki, é muito reservado e não comenta com os colegas o conteúdo dos depoimentos prestados em delação premiada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Como já disseram o relator e o procurador geral da República, Rodrigo Janot, Lewandowski reafirmou que a sociedade só poderá conhecer as acusações do réu contra políticos quando a denúncia for recebida pelo Supremo.

Ele disse que o Ministério Público dá notas de zero a dez às informações prestadas pelos delatores. Se forem muito relevantes para a investigação, dão direito a um pedido da Procuradoria por uma redução maior das penas dos réus. Se forem menos importantes, a uma redução menor ou nenhuma.