eleições 2022

Após Bolsonaro falar em suposta “fraude”, empresários, religiosos e intelectuais fazem manifesto pró-eleições

Um grupo de intelectuais, empresários, líderes religiosos, representantes da sociedade civil, diplomatas e lideranças políticas lançou um manifesto, nessa quarta-feira (4/8), em defesa do sistema eleitoral. O posicionamento veio após comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre suposta “fraude” nas eleições de 2018 e ameaças ao pleito de 2022.

 

Intitulado de “O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados”, o manifesto frisa que “o princípio-chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados pelos envolvidos”.

Na última quinta-feira (29/7), Bolsonaro prometeu apresentar provas de que houve fraude nas eleições de 2018. Durante a tradicional live, no entanto, o mandatário do país apenas apresentou vídeos que já circulam pela internet e não demonstram qualquer comprovação das acusações.

“A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico”, diz trecho do manifesto.

Por fim, o grupo reitera que o resultado do pleito de 2022 deverá ser respeitado. “A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.”

O manifesto teve ao menos 260 signatários – entre eles, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Roberto Setúbal, do Itaú, Guilherme Leal, da Natura; e Oskar Metsavaht, da Osklen. Bem como os ex-ministros Celso Lafer e Nelson Jobim, além dos diplomatas Roberto Abdenur e José Maurício Bustani e do jurista Joaquim Falcão.

Na lista de assinaturas, ainda constam os nomes do cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, do rabino da Congregação Israelita Paulista Michel Schlesinger, e da monja Cohen.

Também assinam Candido Mendes de Almeida, integrante da Academia Brasileira de Letras, o documentarista João Moreira Salles, o empresário e coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, os médicos Drauzio Varella e Margareth Dalcolmo, e os intelectuais Renato Janine Ribeiro e Sergio Fausto.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba