A Anvisa proibiu e ordenou a apreensão de todos os lotes do Café Torrado e Moído Extraforte e Tradicional, da marca Câmara, na última terça-feira (23).
A decisão impede a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e consumo do produto em todo o Brasil.
A medida foi tomada após a SAPS (Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde) do Rio de Janeiro constatar que a origem do café era desconhecida e que as empresas informadas na embalagem, Sociedade Abast do Com e da Ind de Panif Sacipan S/A e Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda., não estavam regularizadas.
Além disso, um laudo técnico do LACEN-RJ (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels) identificou fragmentos semelhantes a vidro em um dos lotes, o que levou à interdição de todas as unidades do produto.
Proibição de suplementos alimentares
Na mesma resolução, a Anvisa também determinou o recolhimento de todos os alimentos e suplementos da empresa Axis Nutrition. A comercialização, distribuição, fabricação e propaganda dos produtos foram suspensas após uma fiscalização realizada entre os dias 15 e 17 de setembro, que revelou graves falhas nas boas práticas de fabricação.
Veja as irregularidades:
- Ausência de responsável técnico legalmente habilitado;
- Falhas no controle de qualidade e segurança de água potável;
- Ausência de registros das operações e fluxo de produção cruzado para as operações realizadas;
- Falta de precisão no Programa de Controle de Alergênicos (PCAL);
- Ausência de rastreabilidade dos produtos e das matérias-primas usadas;
- Falhas nos critérios de seleção das matérias-primas;
- Ausência de controle de qualidade e de estudos de estabilidade dos produtos acabados.
O que diz a empresa Axis Nutrition?
Por meio de nota, a Axis Nutrition informou que foi submetida a uma fiscalização da Anvisa. O diretor da marca afirmou que foi apresentada toda a documentação solicitada, incluindo notas fiscais, rastreio de matérias-primas, ordens de produção, manual de boas práticas e procedimentos operacionais padrão.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba