Questionamentos

AGU questiona quem terá acesso ao vídeo da última reunião entre Moro e Bolsonaro

Em nova manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito sobre a saída de Sergio Moro do governo, a Advocacia-Geral da União (AGU) quer saber do ministro Celso de Mello, relator do caso, quem terá acesso ao vídeo da reunião de ministros no dia 22 de abril com Jair Bolsonaro e a equipe ministerial.

Em nova manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito sobre a saída de Sergio Moro do governo, a Advocacia-Geral da União (AGU) quer saber do ministro Celso de Mello, relator do caso, quem terá acesso ao vídeo da reunião de ministros no dia 22 de abril com Jair Bolsonaro e a equipe ministerial. A AGU admitir entregar a íntegra da gravação, mas pede ao STF que extraia apenas a parte que interessa à investigação.

A AGU também quer saber o que será feito do restante do vídeo e pede ao STF que informe quais os procedimentos para a guarda segura do material a ser disponibilizado, até que a Polícia Federal analise os trechos do diálogo entre o presidente e o ex-ministro, a fim de evitar vazamentos.

“A UNIÃO, neste ato representada por seu Advogado-Geral (Art. 4º, inciso III, da Lei Complementar nº 73/93), vem, respeitosamente, no ensejo da iminente entrega do registro audiovisual completo da reunião presidencial ocorrida no dia 22 de abril de 2020, rogar seja verificada a possibilidade de vir a ser definida, desde logo, a inteira cadeia de custódia do citado registro até que a autoridade policial designada por Vossa Excelência venha a realizar a segregação dos elementos que sejam pertinentes daqueles que não sejam pertinentes ao Inquérito em epígrafe para o fim de juntada definitiva dos primeiros aos autos (se assim for deferido por Vossa Excelência).”

Foi nessa reunião que, segundo Moro, Bolsonaro escancarou sua interferência política na Polícia Federal. O Palácio do Planalto resistia, até então, a entregar o vídeo, sob o argumento de que ali são discutidos “assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de relações exteriores”. Confira aqui cópia da nova manifestação da AGU.

Fonte: O Antagonista
Créditos: O Antagonista