Uma nova e perigosa “moda” surgiu em escolas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Os alunos estão publicando nas redes sociais vídeos em que “produzem” pó de corretor (chamado de branquinho em alguns locais do país) para depois cheirar, como se fosse cocaína.
Não publicamos os vídeos na reportagem para não incentivar a prática, que, obviamente, coloca a saúde em risco, como explica o otorrinolaringologista Arnaldo Braga Tamiso. “O nariz é um filtro muito sensível e o contato com essas substâncias pode levar a quadros graves. A brincadeira, de muito mau gosto, pode acabar mal mesmo”, alerta.
O especialista, que atua no Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, explica que, embora o corretor seja feito à base de água, ele contém substâncias que quando inaladas podem ser tóxicas, como o dióxido de titânio, que serve para deixar o líquido com a cor branca.
“Esse é um grande irritante da mucosa nasal e, logo de cara, pode provocar uma rinite aguda, coriza, obstrução nasal e ainda agravar quadros de sinusite”, descreve. O médico diz que aspirar a substância ainda pode gerar quadros crônicos, como uma rinite persistente de difícil controle.
Como dito anteriormente, o nariz tem a função de filtrar partículas e evitar que elas entrem no organismo durante a respiração. Mas ele também tem capacidade de absorção e pode levar as toxinas presentes no corretivo para a corrente sanguínea. Dependendo da quantidade inalada, isso pode causar uma toxicidade aguda e gerar problemas mais sérios, como arritmia (alteração dos batimentos cardíacos), queda de pressão, mal-estar, tontura e sintomas sistêmicos.
Fonte: VB
Créditos: VB