Na primeira meia-maratona do mundo a reunir corredores humanos e robôs, a vitória ficou com um atleta de carne e osso. Com um tempo de uma hora e 40 minutos para concluir os 21 quilômetros da prova, o humano cruzou a linha de chegada uma hora antes do primeiro robô a completar o percurso.
O robô mais rápido foi o Tiangong Ultra, uma criação do Centro de Inovação em Robótica Humana de Pequim, que terminou a prova em 2h40. Durante o trajeto, a máquina precisou de apenas três trocas de bateria — um feito considerado notável pelo time de desenvolvedores. “Acho que nenhuma outra empresa de robótica ocidental alcançou os feitos desportivos do Tiangong”, declarou o chefe de tecnologia do projeto, Tang Jian, em entrevista à Sky News. Segundo ele, o desempenho está relacionado às pernas longas da máquina e a um algoritmo sofisticado que imita a biomecânica humana em corridas de longa distância.
Robôs na competição
Ao todo, 21 robôs participaram da corrida. Alguns com pouco mais de um metro de altura, outros chegando a 1,80m. Para estarem aptos à competição, era necessário que os robôs fossem capazes de andar ou correr como seres humanos — o uso de rodas era proibido. Cada máquina foi acompanhada por um treinador humano ao longo de todo o percurso, mas nem todos conseguiram concluir a prova sem incidentes.
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Um dos robôs caiu ainda na largada, enquanto outro colapsou no meio do caminho, derrubando seu operador durante a queda.
Impacto e futuro da interação humano-máquina
O evento, inédito, marca um novo capítulo na interação entre humanos e máquinas no esporte. Apesar da vitória humana, a corrida mostrou avanços significativos da robótica em desafios de resistência física, apontando para um futuro onde a tecnologia pode se tornar ainda mais presente em contextos até então dominados exclusivamente por pessoas.
