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GOLPE NA FIEP: no poder desde 1995 e com a gestão fragilizada, Buega Gadelha tenta antecipar eleições da entidade e gera clima de insatisfação; confira

Na semana passada a Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB) promoveu ontem um jantar para um “Diálogo Empresarial”. O evento contou com a presença de vários deputados, vereadores, pré-candidatos, imprensa e outros convidados. O jantar foi realizado em um momento de fragilidade, onde o clima interno na entidade não é dos melhores.

Nos bastidores, a possibilidade de antecipação da eleição e recondução do atual presidente, Buega Gadelha, para mais um mandato, tem deixado descontente boa parte dos industriais no Estado, tendo em vista o clima de insatisfação entre membros do Conselho.

É importante lembrar que o atual presidente da Fiep, Francisco Buega Gadelha, está no comando do órgão desde o ano de 1995. Se fosse reeleito em um pleito antecipado, ele seguiria para o sexto mandato.

As eleições da Fiep devem ser realizadas a cada quatro anos. Quem tem direito a voto são os presidentes dos sindicatos patronais filiados à entidade.

A quantidade de votos para garantir uma eleição varia de acordo com cada pleito, que possui um estatuto próprio. As eleições podem contar, ainda, como mais de uma chapa ou ter apenas uma chapa única. As próximas eleições da entidade deveriam acontecer no próximo ano, mas o presidente quer fazer a antecipação do pleito para este ano.

Romeu Lemos, que é pré-candidato a deputado federal pelo PL, mostrou indignação nas redes sociais e disse que uma de suas propostas é o fim dos mandatos vitalícios e sucessivos em entidades de classe.

Romeu criticou a antecipação da Festa das Indústrias e também das eleições da FIEP, que tenta dar mais um mandato a Buega Gadelha, que está no poder desde 1995.

“O setor produtivo não pode ficar refém de dirigentes que têm 30, 40, 50 anos no poder. Renovar é salutar para que tenhamos cabeças novas e inovadoras”, concluiu.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba