Gervásio e Anísio reconhecem entraves, mas afirmam que discussões por federação entre PT e PSB estão encaminhadas

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta segunda-feira (7), o deputado federal e presidente estadual do PSB na Paraíba, Gervásio Maia, e o deputado estadual Anísio Maia (PT) falaram das expectativas e reuniões que estão acontecendo em Brasília em torno da possível federação partidária entre PT, PSB, PCdoB e PV.

Gervásio disse enxergar entraves para uma possível federação. O deputado defendeu que o partido tenha uma certa igualdade na definição de candidaturas ‘natas’ em determinadas regiões do país , afirmando que reuniões estão acontecendo para definir os moldes dessa união.

“As movimentações por Brasília estão acontecendo permanentemente. Os presidentes desses partidos estão se reunindo semanalmente, e os entendimentos não passam apenas pela federação, mas também em relação às alianças em alguns estados”, iniciou.

“Nas reuniões que já foram feitas, o PT apresentou uma proposta com todo o regramento com relação à federação, e o PSB, com o presidente [Carlos] Siqueira, apresentou outros posicionamentos, por exemplo em relação à candidatura nata. Você tem um determinado prefeito, e vou citar como exemplo João Campos, em Recife. João está no primeiro mandato e com certeza, pela grande gestão que está fazendo, será candidato à reeleição. Então em uma situação como essa, como que prevaleceria [a federação]?”, continuou.

“São questões como essa que eu estou citando que estão sendo colocadas para que se possa construir um consenso em torno de um texto que possa gerar um equilíbrio entre os partidos que porventura vierem a celebrar a federação”, finalizou.

Já Anísio Maia (PT), que reconheceu entraves específicos em determinados estados, disse que a maior meta da possível federação é a união dos partidos de esquerda para derrotarem o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.

“São as dificuldades naturais de quatro partidos que estão formando uma federação com os problemas regionais, que são problemas naturais. Acho que caminha para uma evolução positiva. Essa federação é muito importante, pois há muito tempo a gente queria unir os partidos de esquerda […]. Portanto é um avanço para os movimentos populares, para aqueles que querem uma mudança do Brasil”, opinou.

“Nós vamos ter um partido, chamado federação, muito forte, que vai eleger muitos mais parlamentares, não só estadual, mas federal. Aqui na Paraíba poderemos chegar a ser a maior bancada da Assembleia. É uma possibilidade real”, previu o petista.

Na sua avaliação, a política no estado de São Paulo é o principal entrave para que a federação ainda não tenha sido firmada.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba