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Ex-patroa de babá que pulou do 3° andar para fugir de agressão é indiciada por quatro crimes

O delegado contou ainda que, ao longo do inquérito, as oitivas foram conflitantes e tiveram contradições, tanto por parte da suspeita, quanto da vítima.

A empresária Melina Esteves França, investigada por agredir e manter a babá Raiana Ribeiro da Silva em cárcere privado, foi indiciada pelos crimes de lesão corporal, ameaça, cárcere privado e redução de trabalho análogo à escravidão. A informação foi divulgada durante uma coletiva da Polícia Civil, nesta quinta-feira (23).

De acordo com o delegado Thiago Pinto, titular da 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio), o inquérito foi concluído na quarta-feira (22) e encaminhado ao Poder Judiciário.

“As medidas cautelares foram tomadas no transcorrer do inquérito policial, em tempo hábil, a partir do momento em que foram juntadas as provas e anexado procedimento. Com relação às medidas, não posso especificar quais foram, porque já foram reiteradas no relatório final e encaminhadas ao Judiciário, o qual se eu informar pode dificultar a ação penal a ser realizada pelo Ministério Público”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, de todas as medidas cautelares solicitadas, a Justiça acatou o mandado de busca na casa da investigada.

“A partir do momento em que houve o fato que a Polícia Civil tomou conhecimento de que havia câmera de monitoramento dentro da residência [de Melina], foi de imediato representado pelo mandado de busca, para localizar as imagens, bem como dispositivos eletrônicos que armazenassem elas, além de outros dispositivos eletrônicos que outras vítimas suscitaram que ela [Melina] retinha”, disse.

“É indiscutível, com relação as agressões que, apesar da autora ter negado inicialmente, posteriormente ela confessou o crime”, complementou.

O delegado contou ainda que, ao longo do inquérito, as oitivas foram conflitantes e tiveram contradições, tanto por parte da suspeita, quanto da vítima.

Já em relação às outras vítimas, o delegado esclareceu que as apurações aconteceram em procedimentos apartados. “Algumas das vítimas que compareceram na unidade registraram o fato, já foram encaminhas ao Judiciário. Os demais procedimentos estão em curso”, explicou.

Por meio de nota, Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou que o inquérito policial foi recebido na quarta. Ainda segundo o órgão, o promotor de Justiça Tarcísio Moreira Caldas Vianna Braga será responsável por analisar o material para adotar as providências cabíveis.

Fonte: G1
Créditos: G1