"reconhecimento"

O HERÓI: advogado pede à Justiça para ser reconhecido como 'Super-Homem brasileiro'

Um advogado de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, entrou com uma ação na Justiça com um pedido inusitado: o direito de ser reconhecido como o Super-Homem brasileiro.

Um advogado de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, entrou com uma ação na Justiça com um pedido inusitado: o direito de ser reconhecido como o Super-Homem brasileiro.

O advogado de 47 anos alega uma “sincronicidade” entre fotos tirada durante a infância – em que ele está com uma camisa do clube e o tênis do super-herói – e a morte do ator Christoper Reeve, que interpretou o personagem em 1978.

Conforme notificação, na imagem do carrossel há uma caveira que simboliza o “renascimento” e tem relação com a morte de Reeve, além de poder fundamentar uma ficção que surge um novo herói.

Na segunda, tirada dentro de uma jaula de leão, a imagem dá destaque ao Flamengo e, de acordo com o advogado, foi a responsável pelo clube ter conquistado um título.

“Eu fiz o pedido porque a Warner Bros não divulga número de telefone nem e-mail e o sistema norte-americano é diferente. Para apresentar um trabalho lá precisa ter agente, e eles só agenciam quem mora no país. Sendo assim, não tenho direito de enviar meu material, então entrei na Justiça porque era a forma de enviar uma carta para a presidente da Warner para ela tomar conhecimento das fotos”, explicou o advogado.

Pedido negado

A notificação foi negada pela juíza Erika Watanabe, da 4ª Vara Cível de Ponta Grossa, que alegou que não há “necessidade e utilidade” de o objetivo ser judicializado.

A magistrada salientou, ainda, que Aldebaran possui outros meios “para alcançar a finalidade pretendida, pois pode contactar, diretamente, as requeridas para cientificá-las de todo o conteúdo de sua inicial”.

Para o advogado, a juíza fundamentou a resposta corretamente, porém ele alega que o contato com a produtora e distribuidora norte-americana é inviável.

“A fundamentação foi correta, ela entendeu que tenho que fazer isso fora da Justiça, mas não tem como. Então mandei uma notificação extra-judicial para a Warner Bros em São Paulo, para ver se eles me respondem e se têm o contato da empresa nos Estados Unidos. Se eles falarem que não têm, posso entrar com uma apelação”, disse o advogado.
Trechos do documento

Confira abaixo as justificativas apresentadas pelo advogado para realizar o pedido à Justiça:

“Ocorre que, em 27 de maio de 1995, o ator que interpretava Superman (Christopher Reeve) sofreu um acidente de cavalo ficando tetraplégico vindo a morrer em 2004, desta forma minhas fotos passaram a fazer sincronicidade (coincidência significativa) com o acidente, na arte a sincronicidade é rito de produção, com a arte apresentada é possível fundamentar uma ficção aonde surge um novo super herói, com os mesmos poderes do Superman”, diz trecho.

Em outro trecho, o advogado diz que sabe que “no Brasil o Superman sou eu” e que caso a Warner “queira colocar outro brasileiro em filme do herói”, ele irá apresentar embargo.

Sobre o clube de futebol, Aldebaran afirma que o “Flamengo tem que entender que eu fui mais rápido que o Superman, por isso consegui derrotar, a habilidade usada foi a velocidade, as fotos comprovam que eu conquistei um tóitulo para o Flamengo”.

Fonte: G1
Créditos: G1