Febre, dor de cabeça, diarreia, dor nos olhos, indisposição física, tosse, perda de olfato e paladar. Foi assim que a jovem Karolina Fernandes deu entrada na UPA do Valentina, na cidade de João Pessoa, em março de 2020, quando foi diagnosticada com Covid-19.
Em entrevista ao Polêmica Paraíba, Karolina conta que ao sentir os primeiros sintomas, procurou de imediato atendimento médico, mas precisou esperar aproximadamente uma semana para fazer o teste. “Procurei um hospital assim que comecei a sentir os primeiros sintomas. Fui à Upa do Valentina, mas, eles me mandaram de volta para casa e pediram para que eu aguardasse alguns dias para fazer o teste. Após esse tempo, fiz o teste de Swab, no qual saiu resultado. positivo, com 5 dias”, disse.
Dados de um estudo realizado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) com 80 pessoas que já tiveram Covid-19, das quais apenas três precisaram de internação, mostra que cerca de 30% dos recuperados da doença ainda afirmam sentir fadiga e dor de cabeça frequente por um período que pode passar de dois meses após o diagnóstico.
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Sete meses após ter contraído o novo coronavírus, a professora e coordenadora do curso técnico de Logística, Karolina Fernandes relata que ainda sente efeitos da doença. “Passei um bom tempo tendo insônia. Antes eu dormia muito bem, mas, depois que tive Covid-19 só consigo dormir 4 horas a noite e muito mal. Sempre fui muito agitada e disposta, mas depois da doença, me sinto sempre cansada e indisposta. Sem falar na questão do meu paladar, que nunca mais voltou a ser o mesmo”, completou.
Alguns estudos feitos na Itália e na Irlanda, apontam que cerca de metade ou mais dos pacientes que tiveram Covid-19 continuam lidar com sintomas da doença. Exaustão, perda na sensibilidade do paladar e falta de ar, são os sintomas mais mais persistentes após a recuperação da doença.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas da Covid-19 podem se prolongar por meses, ou voltar mais tarde, mesmo que a infecção pelo coronavírus tenha sido mais branda no começo. Ainda segundo a OMS, isso vale para as pessoas mais jovens.
Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos
