levantamento

Aplicação do teste do pezinho tem queda de 11%, na Paraíba

O número de testes do pezinho, exame feito em recém-nascidos para detectar e prevenir até seis tipos de doenças genéticas ou congênitas, caiu aproximadamente 11% nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2019. A informação é de um levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde da Paraíba.

A redução tem preocupado as equipes de saúde que trabalham nas maternidades, diretamente no tratamento. Em 2018, nos cinco primeiros meses, foram 15.183 testes aplicados. Em 2019, houve um aumento para 17.700, e entre janeiro e maio de 2020, houve a queda para 15.900, uma redução de 11,3%

Pelo menos 1.800 crianças nascidas na Paraíba não fizeram teste do pezinho neste ano. Os especialistas indicam que o problema pode ter relação com a pandemia do coronavírus, porque é possível que alguns pais estejam com medo de sair de casa para fazer o exame.

A pediatra Flávia Paredes explicou que os pais não devem deixar de fazer o teste do pezinho. “O teste do pezinho é realizado gratuitamente na rede SUS, que serve para o diagnóstico de seis doenças. É feito com uma pequena punção no calcanhar do bebê até a primeira semana de vida”, explicou.

Doenças detectadas pelo teste do pezinho

  • fibrose cística
  • fenilcetonúria
  • deficiência de biotinidase
  • hipotireoidismo congênito
  • hiperplasia adrenal congênita
  • doença falsiforme

Ainda de acordo com a pediatra, para todas as doenças, existe um quadro clínico grave, que podem deixar sequelas de todas as formas no bebê ou até matar a criança. “Tudo isso pode ser evitado se o tratamento for iniciado antes do aparecimento dos sintomas. Por isso é tão importante que o teste do pezinho seja realizado precocemente. O SUS garante tratamento gratuito e especializado, acompanhamento para os pacientes triados no teste do pezinho”, avaliou a médica.

Na Paraíba, pelo menos 200 pontos de atendimento médico fazem a coleta de material pelo teste do pezinho. O SUS é responsável por pelo menos 80% do total dos testes aplicados por ano no estado.

Fonte: G1 PB
Créditos: Polêmica Paraíba