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Estudo revela que a Paraíba pode ter mais de 50 mil casos subnotificados de Coronavírus

O estudo avalia a relação entre o número de mortes e de infectados pela Covid-19, considerando o número de pessoas hospitalizadas, novos casos, registro de mortes e porcentagem de infectados.

A Paraíba pode ter 53.440 casos subnotificados de Covid-19, é o que indica um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). De acordo com a estimativa, pode existir uma subnotificação de 85% dos casos de coronavírus no território paraibano.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) e calculados com base nos boletins epidemiológicos da Secretaria do Estado da Saúde (SES).

De acordo com a estimativa, pode existir uma subnotificação de 85% dos casos de coronavírus no território paraibano. Em boletim epidemiológico divulgado às 18h desta quarta-feira (27), a SES registra 10.209 casos confirmados. Desses, 2.232 foram recuperados e 298 chegaram a óbito. Ao todo, são 7.995 casos descartados até então.

Além da estimativa feita para todo o estado, os pesquisadores também apontam o possível percentual de subnotificação em cinco das principais cidades paraibanas: João Pessoa (83%), Santa Rita (93%), Bayeux (92%), Campina Grande (76%) e Patos (87%).

Para realizar o cálculo, foi necessário um país como referência, seguindo os mesmos parâmetros do a Universidade de Londres, na Inglaterra. Os pesquisadores escolheram a China diante do pioneirismo. O país oriental foi o primeiro epicentro da Covid-19 no mundo e passou pelos três estágio da doença: início, pico e fim.

O estudo avalia a relação entre o número de mortes e de infectados pela Covid-19, considerando o número de pessoas hospitalizadas, novos casos, registro de mortes e porcentagem de infectados.

As subnotificações dos casos de infecção ocorrem quando a maioria das vítimas não realiza o teste para Covid-19 ou é diagnosticada com sintomas leves e, por orientação médica, seguem o tratamento em isolamento.

Fonte: Assessoria UFPB
Créditos: Assessoria UFPB