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RISCO DE ROMPIMENTO: Dique do Açude São Gonçalo em Sousa deve ser fechado até o final de fevereiro

Os serviços devem atenuar o risco iminente de rompimento da barragem, que integra o eixo norte da transposição das águas do São Francisco, em caso de chuvas volumosas na região.

As obras de fechamento do dique do Açude São Gonçalo, em Sousa, devem ser concluídas até o próximo dia 26 de fevereiro. A decisão foi acordada durante reunião realizada na Procuradoria-Geral de Justiça, com a participação de representantes dos ramos do Ministério Público do Estado (MPPB) e Federal (MPF), do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e da empresa responsável pela construção. Os serviços devem atenuar o risco iminente de rompimento da barragem, que integra o eixo norte da transposição das águas do São Francisco, em caso de chuvas volumosas na região.

A reunião foi conduzida pelo 1º subprocurador-geral de Justiça, Alcides de Moura Jansen, com a participação do procurador e promotor de Justiça do MPPB, Francisco Sagres e José Farias Filho, respectivamente; dos procuradores do MPF, Janaina Andrade e Anderson Danillo Pereira Lima; de representantes do Dnocs, Alberto Gomes, André Sarmento e Marcílio Araújo, e da empresa PB Construções, Marcus Vinícius Borges, Paulo Frota e João Paulo Oliveira.

Na abertura do encontro, o procurador Alcides Jansen explicou que a reunião foi motivada pela verificação de que o atraso nas obras dos açudes da Paraíba, principalmente, de São Gonçalo, geram insegurança e risco à população da cidade de Sousa.

“Como sertanejo nunca pensei que chegaria a desejar que não chovesse, mas isso ocorre hoje, devido à situação das obras”, disse, explicando que o Ministério Público da Paraíba estava alertando para as responsabilidades dos atores envolvidos e que, em caso de danos às vidas, seriam cobradas, devidamente. O representante do MPPB afirmou que o objetivo era chegar uma solução imediata para o problema verificado.

Após várias discussões e análises técnicas, a PB Construções se comprometeu em concluir
a concretagem da base do dique da barragem até a próxima sexta-feira (08) e o fechamento do dique até o dia 26. O Dnocs, por sua vez, comprometeu-se em enviar até esta sexta-feira à empresa o procedimento executivo para o fechamento do dique com terraplanagem (projeto técnico). Ficou claro a urgência de se resolver a situação do açude, cuja ensecadeira provisória (barramento) preocupa o MP, o Dnocs e a empresa.

Atraso no repasse do recurso

Também ficou claro, durante a reunião, que os atrasos no repasse dos recursos pelo Governo Federal estão dificultando o andamento da obra. O açude deveria ter sido concluído em 16 meses e a construção já se arrasta por 22 meses. Foram concluídos 43,8% dos serviços, sendo que só foram pagos, efetivamente, 24% do valor devido. Durante a reunião, o engenheiro do Dnocs, Alberto Gomes, informou que houve a liberação de R$ 2,6 milhões para a obra, pelo Governo Federal.

Sobre o açude de Poções, em Monteiro, que faz parte do eixo leste da transposição, o Ministério Público Federal comprometeu-se a enviar ao Dnocs a exposição fática (relatório) da empresa PB Construções em relação ao cronograma da obra. Sobre a segurança das barragens de Poções e Camalaú, o MPF explicou que a situação foi judicializada, houve descumprimento do prazo e que isso seria discutido em audiência, nesta terça-feira, no MPF.

Fonte: ClickPB
Créditos: Click PB