Gol de Placa

Clubes se preocupam com finanças após suspensão do Gol de Placa

Clubes se preocupam com finanças após suspensão do Gol de Placa

Todo clube de futebol profissional inicia a temporada com desafios e objetivos a serem conquistados dentro de campo. Mas, antes de traçá-los, os dirigentes fazem o planejamento de todo o ano. E tudo gira em volta de quanto se pode gastar.

Nos últimos anos, o Programa Gol de Placa, do Governo do Estado, que vem sendo a principal fonte de renda da maioria dos clubes paraibanos, foi alvo de uma investigação do Jornal Folha de São Paulo, que questionou supostas fraudes cometidas pelas equipes. O programa incentiva o torcedor a pedir a nota fiscal em estabelecimentos e, em contrapartida, troca esses cupons, por ingressos para os jogos dos campeonatos que essas equipes disputam.

No último sábado (26), o Governo do Estado publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), a suspensão do Gol de Placa e também do repasse dos valores arrecadados para os clubes. Esse ato trouxe o assunto à tona no meio futebolístico do estado, preocupando os dirigentes dos clubes que são beneficiários do programa.

Consultando alguns dirigentes de alguns dos clubes que recebem o apoio financeiro do Programa, uma afirmação é dita por todos eles: o programa é fundamental para as despesas ao longo da temporada.

Para o presidente em exercício do Sousa, Danilo Cazé, o Programa é importantíssimo para os clubes, pois há muita dificuldade em conseguir outros patrocinadores, então o Gol de Placa se torna uma das principais fontes financeiras, principalmente daqueles que não disputam competições no segundo semestre.

– É um Programa de suma importância para a saúde financeira dos clubes. Sempre encontramos dificuldade em conseguir patrocínios, então o Gol de Placa nos ajuda bastante. Essa suspensão nos prejudica mais ainda, pois fazemos o planejamento e esse dinheiro já fazia parte do nosso orçamento anual – disse Danilo Cazé.

Já o presidente do Treze, Walter Júnior, falou que o clube, caso não receba a verba do Gol de Placa, vai buscar outros meios de se manter financeiramente ao longo desta temporada.

– É importante, claro. É uma ajuda substancial. Vai fazer falta sim ao Treze, é um valor que iríamos receber e agora, momentaneamente, deixaremos de receber. Mas nem por isso vamos baixar a cabeça. Se o Gol de Placa não vier, vamos buscar outras formas de seguirmos os trabalhos de forma plena – afirmou.

Por outro lado, o presidente do Botafogo-PB, Sérgio Meira, falou em relação ao torcedor mais carente, que necessita do Programa Gol de Placa para acompanhar seu clube do coração nas partidas oficiais. Ele está otimista com o retorno do programa já para a partida do próximo sábado (02), contra o Fortaleza-CE, no Estádio Almeidão.

– O Programa Gol de placa é o principal patrocinador dos clubes que participam da primeira divisão do Campeonato Paraibano. O Botafogo-PB tem cumprido as normas estabelecidas na lei e aguarda as orientações da Sejel para dar prosseguimento na troca de cupons por ingressos já para o jogo do próximo sábado, contra o Fortaleza – pontuou o dirigente do Belo.

Segundo o secretário José Marco, a Sejel solicitou aos clubes o repasse de documentações da troca de ingressos referentes aos últimos cinco anos. Com esses documentos, será feita uma auditoria para analisar se algum clube fraudou o programa.

A expectativa do secretário é que o novo sistema entre em funcionamento a partir do dia 2 de fevereiro, retomando a troca de ingressos.

Fonte: Voz da Torcida
Créditos: Voz da Torcida