Procuradoria diz que Gleisi Hoffmann deveria ter "estancado sangria" da Petrobras - Polêmica Paraíba

julgamento de Gleisi Hoffmann

Procuradoria diz que Gleisi Hoffmann deveria ter "estancado sangria" da Petrobras

Procuradoria diz que Gleisi Hoffmann deveria ter "estancado sangria" da Petrobras

Representante da PGR (Procuradoria-Geral da República), o subprocurador-geral Carlos Alberto Carvalho de Vilhena afirmou nesta terça-feira (19), durante julgamento de ação penal na 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) podia e devia “ter estancado a sangria que ocorria na Petrobras”.

Gleisi e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (PT), foram denunciados pela PGR por suspeitas dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob a acusação de terem recebido R$ 1 milhão em propina do esquema de corrupção na Petrobras. O dinheiro teria sido empregado na campanha de Gleisi ao Senado em 2010.

O empresário Ernesto Rodrigues também foi denunciado pelos mesmos crimes, sob a acusação de ter sido o emissário indicado por Gleisi e Paulo Bernardo para receber o dinheiro do doleiro Alberto Youssef.

O processo está sendo julgado um ano e quatro meses depois de a 2ª Turma instaurar a ação penal contra os réus. A denúncia foi apresentada pela PGR em setembro de 2016 e é fundamentada nas delações premiadas do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e de Youssef.

“Enquanto parlamentar, líder do Partido dos Trabalhadores, do qual hoje é presidente, a senadora Gleisi Hoffmann podia, devia, ter estancado a sangria que ocorria na Petrobras”, declarou Vilhena.

A afirmação foi feita pelo subprocurador ao defender que Gleisi teria se omitido na fiscalização de irregularidades na Petrobras de que ela supostamente teria conhecimento. Essa omissão, em conjunto com o recebimento do dinheiro, configuraria o crime de corrupção cometido pela senadora.

“Quando o agente público usa sua função para receber vantagem indevida de particulares, ele passa a estar de certo modo a disposição daquele que o paga para conceder favores futuros”, acrescentou Vilhena, que classificou o conteúdo dos autos do processo como “uma flagrante e escancarada mercancia de fidelidade de agentes públicos de alto escalão”.

 

 

 

 

 

Fonte: Uol
Créditos: Uol