Nilvan Ferreira
Não se espantem. Essa afirmação é minha mesmo. E pelo histórico do que escrevo neste espaço, não estou ficando louco, nem tão pouco mudando meu ponto de vista em relação aos fatos que sempre encarei no momento atual da nossa política, principalmente aqui na capital. O fato é que não teria acontecimento melhor do que o retorno da candidatura do prefeito Luciano Agra, do PSB, na disputa pela prefeitura de João Pessoa.
A volta de Agra, seria, a preço de hoje, o aprofundamento das discussões em torno dos assuntos que envolvem a sua gestão e os temas que também marcaram a passagem de Ricardo Coutinho pela prefeitura. Seria uma oportunidade ímpar, sem comparação, distinta. O debate teria mais elementos, mais argumentos, mais solidez, mais desenvoltura.
A volta de Agra serviria para ele explicar durante a campanha assuntos como o que envolve a Fazenda Cuiá. Um pedaço de terreno alagado, que ele, Agra, comprou por 11 milhões de reais e pagou o valor num intervalo de 15 dias, às vésperas da campanha eleitoral de 2010.
Seria a oportunidade que Agra desfrutaria, olhando no olho do eleitor, para tirar todas as nossas dúvidas e questionamentos. E é porque eu nem falei na história de um tal de “defunto”, que surgiu nesse caso, acompanhado de uma conta bancária na cidade de Santa Luzia, lá pras bandas do interior.
Seria uma fartura de temas. Fartura que perderia apenas para as compras feitas pela prefeitura, na gestão de Agra, que deixaram todo mundo de queixo caído. Os debates da TV seriam mais divertidos se Agra voltasse. Seria um verdadeiros show da verdade. Poderíamos esclarecer a compra das verduras, das frutas, dos tênis, dos chinelos e das carnes.
Quem sabe o povo de João Pessoa não teria a oportunidade de conhecer aquele “sortudo” Garí da EMLUR, que venceu, sozinho, contando apenas com a ajuda dos Deuses, uma licitação de quase 1 milhão de reais e se tornou dono, proprietário de vários caminhões compactadores e um dos principais empresários que vendem serviços a edilidade na capital, no tocante a limpeza pública.
Finalmente, a campanha eleitoral ficaria mais divertida com a volta de Agra. João Pessoa seria passada a limpo sob todos os aspectos. Os assuntos seriam colocados na ordem do dia. Um intenso debate tomaria conta da campanha e o povo exerceria o seu grande papel de julgador. Os políticos teriam que assumir compromissos inadiáveis com a coisa pública, com o povo, com a sociedade.