
O julgamento do recurso do ex-presidente Lula (PT) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, no dia 24, não passará em brancas nuvens na Paraíba. Seguindo a orientação nacional, o partido prepara um ato para ocorrer em João Pessoa. A mobilização será convertida em protesto caso seja mantida pelo colegiado a condenação imposta ao ex-gestor pelo juiz federal Sérgio Moro. O petista foi condenado a nove aos e meio de prisão por suposto ocultamento de patrimônio, fruto de propinas de empreiteiras. Os petistas usam o argumento de que o impedimento eleitoral de Lula seria mais um golpe contra o partido. Mais um porque a sigla ainda reclama do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O clima é acirrado também em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O prefeito da cidade, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), conseguiu acirrar os ânimos ao encaminhar ofício ao presidente Michel Temer (MDB) no qual pede tropas federais para o município no período. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, já deu declarações no sentido contrário. Ele alega que além de inconstitucional, o atendimento do pedido é impossível. E seria mesmo que pedido fosse formulado pelo governador Ivo Sartori (MDB). A Constituição Federal considera legal o direito de manifestação pacífica. Caberia ao governo do Estado e não à prefeitura, mesmo assim, os pedidos de operações para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
No caso da Paraíba, a programação ainda está sendo fechada, de acordo com o presidente estadual do partido, Jackson Macedo. Ele garantiu, no entanto, que haverá mobilização. As últimas comandadas pelo partido, no estado, contaram com participação de sem-terra e trabalhadores das cidades mobilizados pelos sindicatos.
Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Suetoni Souto Maior