
Quem pensou que o Brasil poderia ter um 2017 politicamente menos agitado do que fora o ano anterior, enganou-se completamente. No ano seguinte ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o país conviveu com situações das mais variadas possíveis: escutas, gravações, prisões, denúncias… é desta forma que o final de ano se aproxima e que os brasileiros olham para trás e se deparam com um período de muitas polêmicas.
As gravações que agitaram o Brasil e ameaçaram o governo
Com uma impopularidade que só cresceu desde então, o presidente Michel Temer viu seu governo ficar por um fio a partir das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, ainda em maio.
Em uma conversa com o peemedebista, Batista chega a falar sobre a situação de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, já preso naquela época. Temer chega a dizer que “isso tem que manter, viu”, dando margem à interpretação de que Cunha deveria seguir recebendo uma mesada para não falar o que sabe.
A instabilidade gerada pela divulgação das gravações afetou diretamente o governo, e obrigou Temer a se pronunciar garantindo que não renunciaria. Batista gravou conversas com outros políticos, como Aécio Neves, que chegou a ter o mandato como senador suspenso pelo Supremo Tribuna Federal (STF). Os irmãos Batista, responsáveis pelas gravações, foram presos pela Polícia Federal.
Temer escapou de duas denúncias
Michel Temer dependeu duas vezes do plenário da Câmara dos Deputados para manter sua governabilidade.
Em duas ocasiões ao longo de 2017 a Procuradoria-Geral da República – PGR – ofereceu denúncia contra o presidente e os deputados tiveram que dar o seu voto, aos moldes do que ocorrera na votação que barrou o mandato de Dilma Rousseff, em 2016.
A primeira denúncia indicava corrupção passiva de Temer e a segunda mencionava obstrução de Justiça e organização criminosa. Ambas foram rejeitadas pela maioria dos parlamentares.
O fenômeno Doria e a ovada
Tido como o “novo” na #Política, João Doria teve uma grande ascenção ao longo do ano e logo planejou voos maiores para além da prefeitura de São Paulo, cargo para o qual foi eleito em 2016. Com uma agenda repleta de viagens nacionais e internacionais, o tucano foi especulado como um pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, mas recuou e deu lugar a Geraldo Alckmin, seu padrinho político.
Em uma visita a Salvador, ao lado do prefeito ACM Neto, Doria acabou levando a pior diante de manifestantes e levou uma ovada na cabeça.
Lula é condenado, mas pode virar presidente
Em julho, o juiz federal Sérgio Moro – responsável direto pelas investigações e sentenças da Operação Lava-Jato – condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, a 9 anos e 6 meses de prisão por conta de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro no caso do triplex, no Guarujá, feito pela construtora OAS.
Condenado em primeira instância, Lula seguiu recorrendo em liberdade e intensificou agenda de comícios pelo país, indicando que pretende ser candidato – ele lidera todas as pesquisas prévias. O petista depende do julgamento em segunda instância no TRF-4, que ocorrerá em 24 de janeiro, para saber se poderá concorrer.
Ex-governadores do Rio de Janeiro viram colegas… na cadeia
A grave crise enfrentada pelo Rio de Janeiro em seus mais variados setores pode ser explicada por uma sucessão de fatos iniciados em 2016 e continuados em 2017: Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral – este desde o ano passado – foram presos pela justiça por conta de envolvimentos ilícitos. Já o atual governador Pezão teve o mandato cassado pelo TRE, mas recorre ao cargo.
Fonte: Blasting News
Créditos: Blasting news