Acir Filló, prefeito afastado de Ferraz de Vasconcelos, município de aproximadamente 200 mil habitantes no interior de São Paulo, relata ter sido procurado por advogados que, lhe garantiram que mediante o pagamento de quantias que variavam de R$ 800 mil a R$ 2 milhões, poderiam comprar liminares no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
O prefeito, a princípio, afasta o envolvimento direto do ministro, diz que as negociações se davam com funcionários do gabinete do ex-presidente do Supremo.
No STJ a mesma operação poderia ser efetivada, garantiram os tais advogados ao prefeito cassado. Nesta Corte, a negociação seria supostamente realizada envolvendo o ministro Francisco Falcão, nos mesmos moldes da operação no STF.
O prefeito garante que tem gravações das conversas telefônicas e registros de diálogos no whatsapp, e que fornecerá tudo, tão logo seja chamado pela Polícia Federal.
Não admitindo entrar no tal esquema, Acir Filló teve seus recursos negados, tanto no STJ, quanto no STF.
O nome dos advogados ainda não foi revelado, mas o prefeito pretende fazê-lo para a Polícia Federal.
O lobista do esquema no STF seria o filho do ministro Francisco Falcão – Djaci Alves Falcão Neto.
Acir Filló disse não ter aceito a proposta. No STJ, seu pedido de retorno ao cargo foi rejeitado.
Ele decidiu então recorrer ao Supremo. A competência para julgar processos como este é sempre da Presidência do Supremo. Lewandowski negou, em junho deste ano.
“Imediatamente após meu recurso chegar ao Supremo Tribunal Federal, eu comecei a receber várias ligações de mais advogados de Goiás e de Brasília que ‘adivinharam’ que eu havia recorrido ao STF.
Os “5 ou 6” advogados teriam pedido a Filló valores que variaram de R$ 1,8 milhão a R$ 2 milhões. Entretanto, como já havia contratado um advogado para recorrer ao STJ, Acir Filló pediu a este mesmo defensor que recorresse ao Supremo. “E para minha surpresa, ele [o defensor] me chamou em Brasília e foi categórico, afirmando e propondo: ‘Lá tem que fazer acerto. São várias pessoas lá dentro. Eu tenho contato com um ex-desembargador que coordena isso e eu mesmo tenho trânsito junto à assessoria do ministro Lewandowski e de outros ministros”, acrescentou.
O ex-prefeito disse não ter aceito a proposta. Mas reclama que, “apesar de o ministro Lewandowski ter retornado ao cargo praticamente todos os prefeitos que foram afastados, alguns inclusive com casos gravíssimos de corrupção e outros crimes, o meu caso, minha liminar foi negada. Pasmem, foi indeferida!”.
da Redação
Fonte: site Jota
Créditos: http://mobile.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/4229/denuncia-de-prefeito-no-cnj-envolve-lewandowski-em-esquema-de-corrupcao-assista-ao-video