
Depois de 13 dias, o PSDB que se disse unido sobre a questão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, após reunião realizada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, governadores e o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), não está mais na mesma situação.
De um lado, a ala mais próxima a Aécio volta a defender o caminho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar a presidente Dilma Rousseff. Como a ação é contra a chapa eleita em 2014, o vice-presidente, Michel Temer, também cairia, seriam convocadas novas eleições e o senador tucano seria um candidato.
O PSDB da Câmara, no entanto, acredita que as possibilidades para derrubar Dilma devem ser esgotadas, mesmo que o vice assuma a presidência e termine o mandato de Dilma. Além dos deputados, faz parte desse grupo o senador José Serra (PSDB-SP), candidato a ministro em um eventual governo Temer.
A bancada tucana na Câmara defende a tese de que, chegando ao fim ou não o processo de impeachment, os deputados do PSDB precisam mostrar à sociedade que tentaram de tudo. Já o líder do PSDB no Senado, espécie de porta-voz da ala que apoia a via do TSE, disse nesta semana que a decisão do STF contra o rito do impeachment mudou o jogo.