
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, durante a cúpula de presidentes do Mercosul, em Assunção, que “estou certa de que a reorganização do quadro fiscal logo trará resultados positivos, juntamente com o fim da crise política que tem afetado meu segundo mandato desde o início”. Dilma, que permanecerá poucas horas na capital paraguaia, já que deve retornar a Brasília para a posse do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, assegurou que seu governo está determinado a “reduzir a inflação, consolidar a estabilidade macroeconômica, garantir a confiança na economia e a retomada sólida e duradoura do crescimento com distribuição de renda”.
– A lentidão da recuperação mundial e sobretudo a violenta queda do preço das commodities abriram o fim de um super ciclo e afetaram, junto com fatores internos, nosso crescimento de forma conjuntural – assegurou a presidente.
Dilma explicou que “digo conjuntural porque nossa economia tem fundamentos sólidos, temos elevadas reservas e uma situação financeira sob controle”.
– Junto com política fiscal de consolidação estamos desenvolvendo também um novo ciclo, que será marcado por maior estímulo às exportações, ao forte investimento em infra-estrutura e energia – comentou a presidente, que recebeu o respaldo público do presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que nesta segunda assumirá a presidência pro tempore do bloco:
– Você governa com integridade… estamos juntos a você, companheira.
Na chegada, Dilma não quis comentar a saída do ex-ministro Joaquim Levy e mostrou-se visivelmente incomodada quando jornalistas perguntaram sobre o assunto.
– Sabemos que vamos ter de conviver por um período bastante significativo com o fim do super ciclo das commodities… não voltaremos atrás em todos os avances que obtivemos, vamos manter nossos programas sociais – enfatizou a presidente.
A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, repudiou “o assédio a presidente Dilma Rousseff” e enviou carinhos do presidente Nicolás Maduro, único ausente do encontro.
O Globo