Aumento salarial do servidores frustra Polícia Militar e Sindifisco

Os números estão aquém das expectativas dos representantes dos servidores

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Os índices de reajuste anunciados pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) estão aquém das expectativas dos representantes da Polícia Militar (PM) e Sindicato dos Integrantes do Grupo Ocupacional Servidores Fiscais Tributários do Estado da Paraíba (SindiFisco-PB). Segundo o governador, os agentes fiscais terão aumento de 50% na bolsa desempenho.

“Esse índice é um deboche. De acordo com o que está colocado, é um aumento de 1% no salário e 50% na bolsa desempenho. Mais uma vez ele tenta maquiar, precarizar a remuneração dos auditores fiscais. Temos a convicção de que isso tudo é um atestado de incompetência do governo do Estado. Nós temos uma contratação exacerbada de codificados, cidadãos que são contratados precariamente”, avaliou Victor Hugo.

Para todos os entes vinculados à Segurança Pública, o reajuste chegará aos 5% na remuneração, a ser implantado a partir deste mês. O aumento contempla policiais militares, bombeiros, policiais civis e ainda agentes penitenciários. Ao todo, 21.481 servidores. “O grande problema é que o governo paga uma bolsa desempenho que não contempla aposentados, pensionistas ou qualquer profissional que por algum motivo, por exemplo doença, tenha que se afastar de suas funções”, avaliou o presidente do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar, coronel Francisco de Assis Silva.

Para o pessoal de saúde, que representa um quadro com 7.467 servidores, o aumento na remuneração também será de 5%, a partir de janeiro. Para o professor Francisco Fernandes, da APLP, o reajuste é “uma grande enganação”.

“O governador Ricardo Coutinho anuncia no site do governo do Estado a elevação do piso do magistério em 20%, como se todos os professores e professoras fossem ser beneficiados com esse índice. O índice fica restrito, passa a ser simbólico, não atinge, na prática, quase ninguém! Ao anunciar, no entanto, apenas 9% em duas vezes de 4,5% em janeiro e em outubro, para a maioria, sobretudo, para a partir da Licenciatura Plena, o governador demonstra toda a indiferença e o desprezo pela carreira do magistério estadual”, desabafou o professor.

Jornal da Paraíba