Para a CNC, a diminuição na oferta de crédito, o consumo mais moderado das famílias e as condições favoráveis no mercado de trabalho contribuíram para reduzir o nível de endividamento. “Muitas modalidades de crédito às famílias apresentaram crescimento abaixo da inflação, em razão das altas taxas de juros que geraram cautela no consumo por parte das famílias. O mercado de trabalho, com baixa taxa de desemprego e crescimento real da renda, também foi um fator preponderante”, avalia a economista da CNC, Marianne Hanson.
O Perfil do endividamento demonstra que, se por um lado houve diminuição do endividamento e da inadimplência, por outro, aumentou a parcela da renda das famílias comprometida com o pagamento de dívidas, de 29,4% em 2013, para 30,4% em 2014. A alta das taxas de juros aumentou o custo do crédito e o peso das dívidas no orçamento das famílias.
Tipos de dívidas
O cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras, apontado por 75,3% dos endividados em 2014. Mas o destaque do ano foi o crescimento do financiamento imobiliário, de 1,7 ponto percentual (p.p.) em relação a 2013, e do financiamento de carro, que aumentou 1,6 p.p. na mesma comparação. Outras modalidades de dívidas sofreram queda, como o cheque especial (-0,6 p.p.), o cheque pré-datado (-0,4 p.p.), o crédito consignado (-0,5 p.p.), o crédito pessoal (- 0,1 p.p.) e os carnês (-1,7 p.p.). A pesquisa da CNC é realizada com cerca de 18 mil consumidores em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal.
Fonte: CNC