[NOTA DE ESCLARECIMENTO]
Venho a público esclarecer que em momento algum em minha fala na entrevista foi negada a gravidade do ato infracional que o adolescente cometeu. Foi muito grave e ele precisa ser submetido à medida de socioeducação cabível na lei. Apenas acrescentei à minha fala, após ser questionada pelo entrevistador Gutemberg Cardoso sobre o que relatava o adolescente quanto à motivação para a atitude cruel e desumana de tirar a vida de uma pessoa, e em especial de uma mulher, da necessidade de discutirmos cada vez mais as relações de gênero, pois homem algum pode ser achar no direito de agredir, e nesse caso, assassinar, uma mulher por essa não querer mais manter a relação.
Um outro fato que abordo é a criminalização da juventude do meio popular e todas as ações que tiverem ao meu alcance, inclusive de fala, para rebater esse fato, farei. Jamais falaria que alguém mataria outra por amor, pois amor não mata, amor liberta, amor nos faz ser luz. Estarei solicitando direito de resposta em todos os meios de comunicação que distorceram minha fala. Sou feminista de atitude, jamais seria cúmplice de um ato covarde e desumano como o acontecido. Tive um irmão assassinado de forma cruel e covarde e sei exatamente o que sentem os familiares da adolescente. Perdi minha mãe de tristeza cinco meses após o assassinato do meu irmão, portanto sei exatamente o que essa mãe sente. Encerro reafirmando que onde estiver, estarei lutando contra qualquer forma de opressão e, principalmente, fazendo a leitura de gênero quando uma violência envolver uma mulher. Continuarei firme na luta por um mundo justo, pleno e livre de qualquer tipo de discriminação.
Sandra Marrocos – feminista e mãe
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